Comediante já levou mais de 300 mil pessoas aos teatros com o espetáculo Tamo Junto!
Comediante já levou mais de 300 mil pessoas aos teatros com o espetáculo Tamo Junto! (Foto: Ramón Vasconcellos / TV Globo/Divulgação)

Em Tamo Junto!, espetáculo em cartaz em Jaraguá do Sul e Joinville neste fim de semana, o comediante Marco Luque faz um stand up de cara limpa e fala um pouco de sua experiência de vida, com comentários sobre situações cotidianas, como convivência com os melhores amigos e as diferenças entre homens e mulheres.

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Em turnê desde 2009, Tamo Junto! já levou aos teatros mais de 300 mil pessoas em 200 cidades brasileiras. Com contrato recém-assinado com a Globo (ele estreou no Altas Horas no dia 16 de abril), Marco Luque conversou com o DC por e-mail sobre seus famosos personagens, processo criativo e o novo momento do humor.

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Confira a entrevista:

No Altas Horas, você traz alguns personagens revelados na Terça Insana. Quais são os mais queridos pelo público?

É difícil dizer qual é o mais querido pelo público, pois eles conseguem atingir vários perfis diferentes. Acredito que o mais popular seja o Jackson Five, até pelo quadro que tenho na rádio Mix, que dá mais força e visibilidade ao personagem. Tenho me empenhado bastante no meu canal no YouTube, o marcoluquetv, onde subo vídeos com cada um dos meus personagens. E venho notando uma adesão muito grande por parte do público a alguns personagens, como o Mustafary e a Mary Help, por exemplo. Apesar de trabalhar com eles desde o espetáculo do Terça Insana, existe um público que ainda não os conhece, e graças à internet e à Rede Globo estou aproveitando a oportunidade de apresentar esses personagens para todo o Brasil.

Mustafary sendo entrevistado por Serginho Groisman no Altas Horas
Mustafary sendo entrevistado por Serginho Groisman no Altas Horas (Foto: TV Globo / divulgação)

Quem foi a inspiração para criá-los? Fale mais sobre seu processo criativo.

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A minha principal influência para a criação dos meus personagens são as pessoas que encontro pela vida. Eu me considero uma pessoa bastante observadora, gosto de notar os trejeitos dos outros, suas manias, a forma como falam, gesticulam, etc. O Mustafary, por exemplo, surgiu após uma viagem que fiz de férias na Bahia. Já a Mary Help foi inspirada numa funcionária de um amigo, e ela falava muito rápido, quase não dava pra entender. Você junta a fala de um com o trejeito de outro, põe uma caracterização e pronto: nasce um personagem.

Você é mais um ex-CQC que fechou com a Globo. Como foi o convite e como tem sido sua nova rotina na emissora?

Eu e o Serginho (Groisman) somos amigos de longa data. Quando deixei a Band, surgiu um interesse para que eu participasse do programa Altas Horas. Até então, nada de muito pretensioso, seria apenas como convidado mesmo. Mas aí fomos pensando juntos, amadurecendo essa ideia, até que surgiu a oportunidade de fazer parte do elenco fixo do programa. Está sendo uma experiência muito boa trabalhar ao lado de um dos maiores apresentadores da televisão brasileira e estou aprendendo cada vez mais com o Serginho. Sou grato a ele e à emissora pela oportunidade. Estou em uma fase muito boa da minha carreira, com projetos rolando tanto para a televisão quanto para a internet e o cinema.

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Você chegou a ser jogador de futebol quando era mais jovem. Pode contar mais sobre sua trajetória no esporte? Ainda joga?

Somente em peladas de fim de ano. Risos. Brincadeiras à parte, jogo, sim, mas não profissionalmente. Quando jovem, me profissionalizei pelo Santo André, equipe da região metropolitana de São Paulo. Na época, jogava como centroavante, mas nunca fui um craque de bola. Não era um jogador diferenciado como Ronaldo “Fenômeno”, Romário, Bebeto, entre tantos outros ídolos que temos. Apesar disso, tive experiências muito boas. Cheguei a jogar na 2ª divisão espanhola. Mas a saudade da minha família e dos meus amigos acabaram falando mais alto, e eu decidi deixar a carreira de futebolista de lado para proporcionar alegria na vida das pessoas de uma outra forma: através do humor.

Estamos vivendo uma época de empoderamento de minorias que antes eram alvo fácil de piadas e hoje já não aceitam mais comentários preconceituosos. Como você vê esse momento do humor e como fazê-lo de uma forma inteligente?

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Acho ótimo que as minorias tenham conquistado esse espaço. Querendo ou não, existem diversos tipos de humor. Alguns mais ácidos, provocantes e politicamente incorretos, outros mais reflexivos, leves e familiares. Particularmente, prefiro não utilizar o humor de forma ofensiva ou preconceituosa, acho que podemos seguir por um outro caminho. Algo que deixe a alma mais leve, mais descontraída e mais divertida. O mais importante é usar o bom senso para avaliar e considerar se aquela piada é engraçada, se vale a pena correr o risco de não agradar, sem esquecer do direito do outro de não gostar. Os conceitos vão mudando e devemos estar atentos e respeitar essas mudanças.

Agende-se

O quê: Marco Luque apresenta Tamo Junto

Quando: sexta-feira (13), às 21h em Jaraguá do Sul e sábado (14), às 21h, e domingo (15), às 19h, em Joinville

Onde: Grande Teatro da Scar (Rua Octaviano Lombardi, Czerniewicz, Jaraguá do Sul) e Teatro Juarez Machado (Avenida José Vieira, 315, anexo ao Centreventos Cau Hansen, Joinville)

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Quanto: Em Jaraguá, a partir de R$ 60 (balcão) e R$ 30 (meia). Em Joinville, R$ 50 e R$ 25 (meia). Desconto de 30% para sócio do Clube do Assinante e acompanhante, à venda no Ticket Center