O aumento do repasse de recursos na área cultural e o apoio a eventos de destaque em Blumenau, como o Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau (Fitub) e o Colmeia. A reforma da Fundação Cultural de Blumenau e a construção de um novo prédio para o Arquivo Histórico. Estas e outras reinvindicações estiveram em pauta na Câmara de Vereadores de Blumenau, palco da Conversa Aberta com os candidatos à prefeitura de Blumenau, na última quinta-feira. O diálogo foi organizado pelo Conselho Municipal de Política Cultural e Sociedade, capitaneado por Giovanni Ramos, Presidente em exercício até 9 de novembro, cobrindo a licença de Jacqueline Bürger.
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Confira aqui as respostas dos prefeituráveis ao nosso O Candidato Responde.
Cada candidato teve 30 minutos para apresentar a proposta de governo para a área da cultura, responder aos questionamentos do Conselho e do público presente. Os prefeituráveis tiveram cinco minutos para apresentar o plano de cultura, 20 minutos para os seis questionamentos elaborados pelo Conselho Municipal de Política Cultural, feitas individualmente para cada candidato, e cinco minutos para perguntas do público presente. Com uma plateia de aproximadamente 60 pessoas, a Conversa Aberta começou com a candidata Ana Paula Lima (PT) e seguiu com Napoleão Bernardes (PSDB), Osni Wagner (PSOL) e Jean Kuhlmann (PSD).NN Para o presidente em exercício do Conselho Municipal de Política Cultural e Sociedade, Giovanni Ramos, a Conversa Aberta foi positiva:
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– Nós conseguimos fazer com que os candidatos apresentassem o que eles têm de propostas para o setor e conseguimos colocar as reinvindicações que são do conselho. Ainda conseguimos a participação da comunidade, que contribuiu ainda mais. Vamos cobrar de quem for eleito depois.
O presidente da Feira de Arte e Artesanato (Afeart), Pedro Reis Holz, concorda com Ramos:
– O objetivo foi alcançado. Era isso que precisava acontecer: um comprometimento maior dos candidatos com relação à cultura para que Blumenau volte a ser no cenário nacional a cidade cultural que já apresentou grandes resultados a âmbito nacional, estadual e municipal.
Uma das questões em debate foi o valor aplicado à cultura. O Conselho recebeu uma proposta de orçamento mínimo de 1% da receita global da prefeitura, mas a presidente da Fundação Cultural de Blumenau, Marlene Félix Schlindwein, pontua:
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– Não podemos considerar o valor total (global) do orçamento da prefeitura, pois o valor total abrange recursos vinculados. O município de Blumenau já ultrapassa o 1%, precisamos de pelo menos 2% de receita própria para dar conta da demanda cultural.
As perguntas do Conselho
As perguntas do Conselho Municipal de Cultura aos candidatos abrangeram temas como as propostas de cada um, valor do orçamento destinado à cultura e comprometimento nas diretrizes do plano Nacional, Estadual e Municipal. Além disso, foram questionados sobre ações de políticas públicas, se eles conheciam os programas culturais desenvolvidos pela cidade, posicionamento em relação aos projetos e estruturas desativadas e a limitação de funcionamento das que existem. Uma das perguntas com maior repercussão foi justamente a última: “Quais critérios o candidato utilizará para nomear o novo gestor da Fundação Cultural de Blumenau?”.
A candidata Ana Paula Lima frisou que só não abre mão de alguém que tenha paixão, pela política e pela cultura:
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– Resumindo, um político, técnico, mas apaixonado, e preparado para fazer novos projetos para a cidade.
Jean Kuhlmann foi enfático ao defender que o novo presidente terá que entender de gestão:
– Deve ser feita por alguém que conheça a área, que entende o setor cultural, a sensibilidade, que entenda o segmento, mas que em primeiro plano, tenha a visão de gestão. Sem entender de gestão não assume nada.
Já Napoleão Bernardes deixou claro que a filiação partidária não será determinante:
– Nós vamos optar pelos nomes ligados à cultura, que tenham militância na área cultural, e que sejam efetivamente ligados à área. Ficha de filiação partidária não pode ser nem ingresso, nem passaporte automático para alguém entrar na administração pública.
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Para o candidato Osni Wagner, será uma pessoa concursada, da casa, mas desde que seja deliberado primeiro pelo Conselho Municipal de Cultura.