As Prefeituras de Jaraguá do Sul e Schroeder estudam a construção de uma ponte de madeira para substituir provisoriamente a ponte Trindade, que liga as cidades pelo bairro Santa Luzia,. A estrutura, inaugurada há apenas dois anos, está interditada desde o começo de janeiro, após a constatação de que os pilares que sustentam o acesso cederam.
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A expectativa do secretário de Obras de Jaraguá, Hideraldo Colle, é que a obra comece na semana que vem. Ele explica que a ponte de madeira permitirá a passagem de carros e caminhões, que hoje precisam utilizar rotas alternativas. A passagem deve ser construída por cima da ponte de concreto e sustentada por toras. Segundo ele, a estrutura terá apenas uma pista e deve ser concluída em cinco dias.
– É uma solução provisória para ajudar os moradores. Do jeito que está hoje, é um transtorno muito grande para eles -, afirma.
Em 30 dias, a empresa Arcos Engenharia e Construções Civis, de Londrina (PR), que fez a base da ponte, deve apresentar um estudo sobre a recuperação da ponte e a previsão de custo. O primeiro passo será abrir licitação para fazer uma sondagem no local. A partir daí será avaliada qual a melhor solução para recuperar a passagem.
Entregue em dezembro de 2010, a estrutura foi construída sobre a base de uma ponte antiga, que era de madeira. A obra foi viabilizada por uma parceria entre as duas Prefeituras e o governo do Estado, com investimento de R$ 465 mil. O edital de contratação previa apenas a execução da parte superior da ponte e a manutenção dos pilares.
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Enquanto o estudo não é concluído, os moradores que precisam se deslocar entre os dois municípios devem dar a volta pelos bairros Santa Luzia e João Pessoa, em Jaraguá, ou Itoupava-açu, em Schroeder. Existem três acessos: pelas duas pontes de concreto do Itoupava-açu e do Santa Luzia, a cerca de quatro quilômetros, ou pela travessia metálica no bairro João Pessoa, a cerca de sete quilômetros, aberta apenas para pedestres, ciclistas e motociclistas.
A interdição da ponte mudou a rotina de muitos moradores. O frentista Valdecir Aparecido de Sá, 49 anos, mora há 23 anos no Santa Luzia e costumava atravessar a ponte de carro todos os dias para trabalhar em Schroeder. Agora, ele caminha por cerca de dois quilômetros para pegar ônibus até o trabalho.
– Se vou de carro, preciso dar uma volta de 12 quilômetros e gasto muita gasolina. Agora, só uso o automóvel em dias de chuva -, comenta.