O retorno dos estudantes às salas de aula em Santa Catarina ainda é incerto. Mesmo com as diretrizes divulgadas pelo governo do Estado na quarta-feira (9), a previsão de retorno das atividades presenciais para o dia 13 de outubro, os municípios têm autonomia sobre o tema e ainda trabalham em protocolos locais, pensando principalmente nas aulas do ensino fundamental e infantil – que são de responsabilidade das prefeituras.
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Na Grande Florianópolis, nenhuma das quatro maiores cidades tem o retorno dos alunos definido até agora. Em Florianópolis, o secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, diz que a prefeitura tem um planejamento pronto para retomar as atividades assim que for permitido, mas irá aguardar uma liberação da Secretaria de Saúde do município.
– Desde o dia 17 de março, quando as escolas fecharam, temos um comitê de inteligência em saúde onde discutimos várias coisas, inclusive os protocolos da educação. Se for liberado para voltar hoje, temos um planejamento pronto, mas quem define é a Saúde. Temos que ter muita responsabilidade nessa caminhada – disse o secretário.
Pereira é crítico em relação ao plano do Estado de retomar as atividades inicialmente para os estudantes que precisam de reforço escolar. O secretário da Capital diz que a divisão traz a mensagem de que “o ambiente escolar é para os piores”, e por isso Florianópolis deverá reabrir as portas das escolas somente quando for possível ter aulas comuns, para todos.
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– Quando retornar, é com aula. Claro que com todos os cuidados, divisão das turmas para evitar aglomeração, mas com aula.
Outra cidade que já tem um planejamento pronto é Palhoça. Segundo nota da Secretaria Municipal de Educação, o retorno das aulas ocorrerá somente após a estabilização dos casos de coronavírus na cidade. O plano é que, após a liberação pelo Estado, o município autorize o retorno depois de 15 dias seguidos sem contágio.
Em Biguaçu o protocolo ainda está sendo feito por um comitê criado na prefeitura. Segundo a secretária de Educação, Kátia Bernadeth da Silva, “não há projeção de data de retorno” das atividades presenciais, e o município aguarda mais orientações sobre ensino fundamental e infantil.
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A situação é a mesma em São José, onde a prefeitura também criou um comitê e está se preparando com base nas diretrizes divulgadas pelo Estado na quarta-feira, mas ainda não tem data para retorno.
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Conforme o governo de Santa Catarina, a volta às aulas no dia 13 de outubro será permitida caso a situação de risco do Estado esteja abaixo do nível “moderado”. Atualmente, nenhuma região do Estado estaria apta ao retorno. Três seguem em nível gravíssimo e outras 12 em situação grave.