Prefeitura vai se reunir com comerciantes do camelô em Itajaí

Após receber recomendação do Ministério Público, na manhã desta quinta-feira, para que o camelódromo deixe a Praça Arno Bauer, no Centro de Itajaí, no prazo de seis meses, a prefeitura decidiu agendar uma reunião com os comerciantes.

O objetivo, segundo o procurador do município, Rogério Nassif Ribas, é que a saída do local ocorra de forma amigável. O encontro será marcado após o retorno do prefeito Jandir Bellini, que está de férias até 7 de abril.

Segundo Ribas, a prefeitura tem cinco dias para se manifestar, por isso vai consultar o prefeito para responder ao MP:

– A prefeita em exercício solicitou que a gente despachasse esse assunto com o Jandir. O MP recomendou a desocupação da praça em seis meses sob pena de uma ação civil pública contra o prefeito, então certamente vamos acatar a recomendação.

O procurador afirma também que os comerciantes estão cientes do inquérito – que tramita desde 2012. Por isso, teriam enviado uma correspondência pedindo um prazo para a saída de forma amistosa.

– O município não pode disponibilizar uma nova área, até porque isso tem que estar no orçamento, precisa ser feita uma licitação e nós temos outras prioridades – afirma Ribas.

Termo de compromisso

No termo de recomendação enviado para a prefeitura pela 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itajaí, consta que os representantes dos comerciantes informaram que pretendem adquirir um local para construção de área privativa para transferência e que têm a intenção de fazer um termo de compromisso com o município, estabelecendo um prazo para conclusão das obras e para desocupar a praça. No documento, esse prazo não foi mencionado.

A reportagem não conseguiu contato com a Associação dos Pequenos Comerciantes de Itajaí, que representa o camelô.

Ainda não há um projeto para reurbanização da praça Arno Bauer após a saída do camelódromo, apenas está prevista a construção de um anexo do Museu Histórico. O secretário de Urbanismo, Paulo Praun Cunha Neto, afirma que isso tem que ser feito em conjunto com o Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural, mas que ainda não há nada concreto.