Prefeitura teria prometido legalizar situação das casas em Porto Belo

Os moradores da área na Rua Pedro Paulo dos Santos, em Porto Belo, ainda dizem que no último ano, durante as eleições, o atual prefeito Evaldo José Guerreiro Filho prometeu para eles que iria regularizar a situação.

Daiane Nogueira conta que na hora da eleição o prefeito visitou a região diversas vezes, garantindo que o local se tratava de uma área verde. A dona de casa mostrou ainda fotos de Guerreiro na comunidade. Para o morador Cristofer Antônio de Oliveira, o prefeito enganou a comunidade em troca de votos.

– Fui até a prefeitura e me disseram que nada do que tinham prometido estava valendo e que tínhamos que ‘tomar vergonha na cara’ e pagar aluguel como todo mundo. Ele tinha falado na minha cara outra coisa no ano passado – reclama Cristofer.

De acordo com o procurador-geral de Porto Belo em momento algum foi tomada posição oficial ou não oficial que fazia promessa aos moradores da região. Ele também garante que a prefeitura não tem muito o que fazer na situação.

Valmor lembra que do outro lado do terreno em questão, na Rua Davi Cota, há uma antiga área que pertencia a prefeitura, mas que já foi ocupada há mais de uma década:

– Na área que era do município estamos com planos futuros de regularizar a situação. Mas apenas naquela área, que já tem famílias estruturadas e morando há 15 anos.

Regiane Marta Finger, ajudante de cozinha, mora em frente à ocupação há cerca de 10 anos. Ela conta que desde que chegou viu casas no terreno de Arno Baron e que na frente de casa havia um curral de porcos há muitos anos.

– Quando o dono saiu da propriedade, meu marido construiu um barraco para colocar as suas ferramentas. Faz uns nove anos que ele estava ali e que nunca tinha dado problema. Não sei como isso aconteceu de uma hora para outra, sempre ouvimos dizer que ali era área verde – reclama.

A reportagem tentou contato direto com o prefeito durante três dias, mas o mesmo preferiu não se pronunciar sobre o assunto. A assessoria de imprensa de Evaldo alega que as declarações dos moradores são falsas. Por meio do assessor de imprensa, a prefeitura afirmou que a ocupação foi feita há três meses e que por ser uma área privada, não vão intervir.