Após polêmica de que cada aluno teria um limite de repetições na merenda das escolas municipais, a prefeitura de Joinville voltou a garantir número ilimitado de refeições para os estudantes e reforçará a orientação para os responsáveis e comunidade escolar. O novo modelo de gestão foi alvo de críticas por responsáveis e professores.

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No contrato firmado entre a prefeitura e a Sepat – Multi Service Ltda, empresa responsável por administrar o novo modelo de refeições nas escolas, define que deve-se disponibilizar, quando solicitado pelo aluno, apenas uma repetição. O município, porém, diz que o item contratual serve como estimativa da quantidade de refeições a ser licitada, mas que não há limite de repetições.

Procurada pela reportagem do AN, a prefeitura afirma que fez uma nova reunião com a empresa e direção das escolas para reforçar a orientação. Além disso, um comunicado deve ser enviado para todos os responsáveis nesta quarta (27) e quinta-feira (28). 

Na mesma linha, o secretário de Educação, Diego Calegari, ressaltou na CBN Joinville que o caso se trata de uma “falha de comunicação” entre a prefeitura e as unidades de ensino. 

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— Algumas escolas fizeram a comunicação com um entendimento equivocado do modelo — pontua. 

Ele também reforça que o contrato é uma projeção quantitativa da comida a ser comprada e oferecida nas escolas, que, segundo o secretário, foi feita a partir de estudos. 

— Posso ter uma criança que não queira comer, outra vai querer comer três vezes. É um parâmetro. Mas tem flexibilidade e garantia que todas as crianças vão se alimentar adequadamente — explica. 

Acesso com QR Code e filas para comer

Outro tema criticado por estudantes e pais são as filas para acessar os refeitórios, que estariam sendo causadas pelo novo acesso, feito por um cartão com QR Code.

Cartão com QR Code entregue para todos os alunos das escolas municipais de Joinville (Foto: Arquivo pessoal)

Para a prefeitura, o fluxo é prejudicado pela mudança de rotina, mas deve ser normalizado nos próximos dias após adaptação da comunidade escolar. 

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Ainda conforme o município, equipes da Educação acompanham os casos e a direção das escolas devem informar a situação para a prefeitura, além da ouvidoria municipal ser disponibilizada para os responsáveis. 

Entenda o caso

A mudança no modelo da gestão de alimentação nas escolas municipais de Joinville gerou polêmica após ser criticada por professores e responsáveis de estudantes. De acordo com fontes ouvidas pelo AN, a prefeitura, junto com a empresa responsável pelo serviço, estariam limitando o número de refeições por aluno. O município, no entanto, diz que o caso se trata de um equívoco e reforçou para as escolas a orientação de que não devem existir limites.

Na maior parte das escolas, a mudança entrou em prática na última segunda-feira (25), quando a Sepat – Multi Service Ltda passou a preparar e distribuir a merenda, comprar insumos, executar a logística, garantir o funcionamento dos equipamentos e cumprir exigências legais em relação ao número de profissionais, suas especialidades e segurança durante o trabalho. 

Uma das escolas, localizada no bairro Costa e Silva, chegou a emitir um comunicado impresso sobre o novo modelo das merendas, destacando o limite de até duas refeições por aluno. 

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O município diz não ter certeza do que cada escola orientou, mas, após as críticas, fez um reforço para os gestores de todas as unidades educacionais da rede explicarem como será o novo modelo.

Por meio de nota oficial, a prefeitura ainda explica que “cada aluno recebeu uma carteirinha, que deve ser apresentada na hora de fazer a refeição. Estudantes a partir de 4 anos são orientados a servirem o próprio prato, colocando as quantidades das comidas que mais gostam de acordo com suas necessidades”.

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