Em 2018, a coleta seletiva de lixo em Joinville foi de 9.344 toneladas, enquanto em 2017 o volume foi de 9.546 toneladas. Enquanto isso, na coleta convencional, no ano passado, foram coletadas 133.664 toneladas, número que era de 129.346 toneladas, em 2017.
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Aparentemente, estes indicadores da coleta de resíduos domiciliares sugerem que há uma queda na separação do lixo que pode ser reciclado, mas não é exatamente esta a razão na queda do volume da coleta seletiva.
De acordo com análises que vêm sendo realizadas pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA), o principal motivo é a ocorrência de transporte clandestino do material que é separado pelos moradores para ser recolhido pela Ambiental, empresa autorizada a fazer o recolhimento e a entrega numa das seis cooperativas de reciclagem de resíduos de Joinville.
Para buscar alternativas de controlar o desvio das cargas, foi formada uma equipe de gestão compartilhada com: Sama, que faz a gestão dos resíduos; Seinfra, que administra o contrato, logística, recolhimento e destinação com a Ambiental; SAS, que mantém o contato com os cooperados; e a Procuradoria Geral do Município, que presta assessoria legal. A medida sugerida está em análise na Procuradoria.
De acordo com o gerente de Desenvolvimento de Gestão Ambiental da SAMA, Clailton Breis, é importante que a população continue separando o material para a coleta seletiva.
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— Nossa preocupação é com o material que sobra da atuação dos clandestinos e onde estão colocando os itens excedentes. Nas cooperativas, o que não é aproveitado, depois segue para o aterro sanitário. Nosso papel criar mecanismos de controle — explica.
Segundo Breis, além de separar o lixo, uma outra forma dos moradores contribuírem com a coleta seletiva é colocando o que foi separado no local de recolhimento o mais próximo possível do horário do caminhão da ambiental passar no local para evitar desvio pelo transporte clandestino.