A prefeitura de Barra Velha exonerou o secretário de Saúde, Rogério Pinheiro, na última terça-feira (2). A decisão se dá em meio às investigações do Ministério Público envolvendo a morte de Sofia Pereira, de 4 anos, que morreu de dengue no último domingo (31), no Pronto Atendimento da cidade. A família acusa o local de negligência médica.
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Além disso, o município afastou também preventivamente o médico que atendeu a menina, com objetivo de investigar a conduta médica. De acordo com informações da prefeitura, a decisão foi tomada em conjunto com o ex-secretário para que as atividades de investigação promovidas pela cidade não sofram interferências.
Dengue em SC
Por meio de nota, a prefeitura ainda diz que vai esclarecer os fatos à população e punir eventuais culpados.
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O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) também investiga as denúncias de possíveis negligências no atendimento médico prestado a Sofia Pereira.
No procedimento, a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Barra Velha solicita que a secretaria de Saúde da cidade envie, em até 48 horas, cópias de toda documentação referente aos atendimentos prestados à criança e forneça nome e cargo dos profissionais responsáveis pelos atendimentos. A pasta deve encaminhar cópia da instauração do processo administrativo instaurado para apurar os fatos.
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Além disso, o MP-SC requereu que o Hospital e Maternidade Jaraguá, de Jaraguá do Sul, para onde a criança foi transferida e morreu, faça a apresentação integral de cópias do prontuário médico referente ao caso da vítima. O hospital tem o prazo de 48 horas para o envio da documentação.
Foi requisitado, ainda, que a delegacia de polícia de Barra Velha instaure um inquérito policial para a apuração dos fatos, no prazo de cinco dias.
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Procurado pela reportagem do A Notícia, o secretário de Saúde, Rogério Pinheiro, lamenta a morte da criança e diz que “não é médico e, se teve alguma negligência da parte médica, ele terá que ser responsabilizado”.
Mãe se revolta com o caso
Além do luto, a mãe da criança, Ana Maria, está com o sentimento de revolta após a morte da filha. Isso porque o caso teria sido negligenciado pelo médico que a atendeu no Pronto Atendimento de Barra Velha.
A pequena Sofia teve os primeiros sintomas na quarta-feira (27) e foi levada ao PA da cidade. Mesmo tendo recebido a pulseira de prioridade no atendimento, a unidade estava cheia de pacientes e a família demorou para receber a assistência.
— Esse médico não pediu exame, não receitou remédio na veia, nada. Deu remédio comprimido, pomada — ressalta a mãe.
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