Joinville deixou de ter o maior Produto Interno Bruto (PIB) e ser a cidade mais rica de Santa Catarina, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (15). O município perdeu a liderança para Itajaí e, agora, ocupa a segunda posição no ranking estadual.
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Na última década, a diferença do PIB entre Joinville e Itajaí variou entre cinco a oito bilhões de reais. Em 2010, por exemplo, a maior cidade catarinense tinha R$ 18,2 bilhões de produto interno bruto, contra R$ 10 bilhões da cidade do Vale. Cinco anos depois, a diferença seguia em um patamar parecido, com Joinville somando R$ 26,5 bilhões e Itajaí R$ 18,7 bilhões de PIB.
A diferença começou a reduzir em 2020, quando a cidade do Vale diminuiu a diferença para R$ 3 bilhões. Até que em 2021 ultrapassou Joinville, chegando a R$ 47,7 bilhões, número maior que os R$ 45 bilhões do município do Norte de Santa Catarina.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Joinville, William Escher, apesar de a marca ter sido ultrapassada, a cidade tem números positivos apresentados pelo IBGE, com crescimento de 23% no PIB em 2021.
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— Continua crescendo acima das médias estadual e nacional. Temos uma economia diversificada que nos proporciona um crescimento sustentável e constante. Ter um bom ambiente de negócios é essencial e estamos trabalhando para que a cidade seja sempre um destino de investimentos — avalia.
O secretário aponta que o crescimento da cidade é conduzido pelo “plano estratégico de desenvolvimento econômico municipal (Pedem), formado pelos eixos de cadeia produtiva, logística, saúde, turismo e inovação.
Já a presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), Margi Loyola, destaca o papel das empresas da cidade nos números obtidos pelo município. Para ela, o resultado apresenta uma “evolução constante e sustentável da economia de Joinville”.
— Mantém a cidade entre os 25 maiores PIBs de todo o Brasil, com indicadores econômicos e sociais que proporcionam reconhecimentos — pontua Margi.
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Entre 2010 e 2013, o setor de “Indústrias de transformação” era o principal responsável pelo PIB de Joinville. O cenário mudou a partir de 2014, quando “demais serviços” ocupou o lugar. Já em Itajaí, a categoria “comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas” lidera há 11 anos.
Como Itajaí ultrapassou Joinville
Conforme publicado por Dagmara Spautz, colunista do NSC Total, o resultado era aguardado com expectativa pelo setor econômico do Litoral, que já esperava uma guinada positiva. Mas, ao contrário do que se poderia supor, a cadeia portuária – embora fundamental – não foi a principal responsável pelos bons ventos na economia itajaiense. Secretário de Desenvolvimento Econômico de Itajaí, Thiago Morastoni diz que a cidade recebeu um impulso com a diversificação da economia.
Um dos destaques está na construção naval: a produção de fragatas para a Marinha do Brasil – um projeto orçado em R$ 11 bilhões – se tornou uma das grandes molas propulsoras da economia local. Já a cadeia portuária, em suas diferentes etapas – incluindo logística e armazenagem, por exemplo – ocupa o 4º e o 5º lugar na arrecadação, segundo Morastoni.
Outro setor que registrou alta vertiginosa foi a construção civil. A valorização imobiliária ocasionou um boom de novas obras que levaria, dois anos depois, a cidade a integrar o ranking dos municípios com o metro quadrado mais caro do país.
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