A negociação entre os funcionários municipais de Florianópolis e a prefeitura não avança. Nesta segunda-feira (15), o Município decidiu devolver à Câmara de Vereadores o polêmico Projeto de Lei 1560, que modifica a previdência dos servidores. E em assembleia durante a tarde, os grevistas decidiram manter a paralisação.

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O projeto, que passa do fundo financeiro para o fundo previdenciário dos segurados, havia sido suspenso pela prefeitura até o final do mês, como contraproposta para a volta dos funcionários ao trabalho, o que não aconteceu. O Sintrasem argumenta que o PL tira a segurança financeira de funcionários e aposentados. Já a prefeitura defende que o projeto é bom para o funcionalismo e trará alívio nas contas públicas.

A estratégia do sindicato é fazer pressão nos vereadores. Após a manutenção da greve, os servidores fizeram um ato em frente à Câmara. O texto deve ser votado em plenário na próxima quarta-feira, dia que promete forte presença de manifestantes contrários à proposta.

Cortedo ponto e multa

O Sintrasem foi notificado nesta segunda-feira sobre a decisão da Justiça, que determina o retorno dos serviços essenciais no Município em 48 horas e multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Para o sindicato, a decisão é uma ameaça aos direitos dos trabalhadores, pois os serviços estão sendo mantidos em 30%, conforme determina a Constituição.

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Mais mobilizações

Nesta terça-feira, está previsto um ato unificado das centrais sindicais de Santa Catarina, com participação do sindicato dos servidores municipais, contra uma possível retirada de direitos dos trabalhadores. Mais cedo, os grevistas fazem um novo protesto em frente à Secretaria de Saúde.

Saúde e Educação: o que funciona

Conforme a prefeitura de Florianópolis, devido à greve e à situação parcial de atendimento nas unidades de saúde que estão funcionando, algumas informações podem não estar totalmente corretas. O ideal é entrar em contato com a unidade de saúde antes de sair de casa.

Já na Educação, permanecem inalterados os índices de unidades de ensino sem qualquer atendimento: 14% na educação infantil e 36% no ensino fundamental. No total, a adesão total à greve também estagnou em 21%, segundo números do Município.