Se no ano passado a prefeitura de Florianópolis incentivou o Carnaval ecológico, com o plantio de árvores na Via Expressa Sul, neste ano o ambiente ficou para trás. Cerca de 15 árvores localizadas no estacionamento lateral do Centro de Convenções (CentroSul), na Baía Sul, foram derrubadas por determinação da Secretaria de Obras.
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O local será asfaltado para abrigar os novos boxes dos carros alegóricos das escolas de samba da cidade.
A empreiteira contratada pela secretaria para executar o serviço terminava na tarde desta sexta-feira o corte, e as máquinas já preparavam o terreno para receber o asfalto. As árvores faziam sombras no espaço usado para o estacionamento de veículos.
Segundo a prefeitura, apenas a escola de samba Protegidos da Princesa optou em estacionar os carros alegóricos no mesmo espaço de anos anteriores, ou seja, na lateral do CentroSul.
Um funcionário da secretaria que estava no local e não quis ser identificado na reportagem disse que um projeto de revitalização da área será realizado. Segundo ele, as árvores cortadas são exóticas, e não nativas.
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A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) informou, através de sua assessoria de imprensa, que o corte das árvores foi licenciado e autorizado e haverá a compensação do corte com outras espécies nativas que serão plantadas no mesmo local.
Ainda conforme a assessoria, foram cortadas 15 árvores amendoeiras que eram consideradas problemáticas porque suas folhas entupiam a rede pluvial.
Galpões também foram derrubados
Dois galpões desativados ao lado do estacionamento do Centrosul e da região em que estavam as árvores também foram demolidos pela Secretaria de Obras.
No mês passado, o Diário Catarinense revelou que os espaços recebiam energia elétrica de uma ligação provisória e irregular (o popular “rabicho”) vinda do prédio da Delegacia Interestadual da Polícia Civil (Polinter).
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A ligação tinha sido feita havia mais de três anos. A Celesc fez vistorias e afirmou que não havia furto de energia ou risco de segurança, mas não soube informar quem pagava a conta de luz dos galpões.
Agora, uma área da Baía Sul está sendo ocupada por trabalhadores de material reciclável. A prefeitura estuda o retorno das famílias para um espaço no Bairro Itacorubi, o que poderá ocorrer em março.