O aposentado Paulo Afonso Cidral não vê mais sapinhos quando olha pelo muro de sua residência, na Rua João Jovino Ferreira, no Bairro Forquilhinhas, em São José. A obra da Policlínica _ que não vai ser mais Unidade de Pronto Atendimento _ tem alicerce pronto e segue para a laje do segundo piso, sob a labuta de cerca de 20 homens da De Faria Construções. Muito diferente do cenário presenciado pela Hora em novembro do ano passado, quando as fundações estavam inundadas e o trabalho estava interrompido por erros no projeto.
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– Agora dá gosto de ver eles trabalhando. Os sapinhos até sumiram – conta o aposentado Paulo Afonso, que no ano passado se indignava com os atrasos na obra que colocou fim à praça que existia no local e serviu para proliferação de ratos, sapos, cobras e outros animais.
Para sair do papel de vez, foi preciso readequar todos os projetos, como conta o atual secretário de Saúde de São José, Luís Antônio Silva. Prevendo dificuldades no acesso para chegada e transferência de pacientes, a ideia de uma UPA 24h no terreno foi abandonada pelo poder público.
– Uma Unidade de Pronto Atendimento 24 horas precisa estar em uma região mais centralizada, por isto estamos viabilizando a construção em um terreno de 3 mil metros quadrados na Avenida das Torres, que corta vários bairros do município. A capacidade de atendimento seria de 300 mil habitantes por ano.
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Mas a Policlínica está garantida e deve estar pronta, segundo prazos estabelecidos entre empresa e poder público, até início do segundo semestre de 2014. A obra conta com R$ 2 milhões de investimentos via Caixa Econômica Federal e mais cerca de R$ 5 milhões por parte do município. Cerca de 70 a 80 mil poderão ser atendidas por ano.
Como vai funcionar a Policlínica
Térreo – será utilizado para Pronto Atendimento Clínico (até 22h)
1º Andar – Policlínica Geral e Laboratório Municipal
2º Andar – Centro de Referência em Saúde Materna e Infantil
3º Andar – Centro de Especialidades Odontológicas
Estacionamentos: Pela Rua Vereador Arthur Manoel Mariano, geral do Bairro Forquilhinhas, e Rua João Jovino Ferreira.
Custo: R$ 6 a R$ 7 milhões
Prazo para conclusão: segundo semestre de 2014
Entenda o caso
::: As obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Policlínica de Forquilhinha começaram em maio de 2011, em um terreno ao lado do posto de saúde do bairro, onde antes havia uma pracinha para os moradores, na Rua Vereador Arthur Manoel Mariano.
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::: A promessa da prefeitura era inaugurar o prédio em fevereiro de 2012, após nove meses de trabalho.
::: A primeira paralisação, porém, ocorreu poucos meses após a obra ter iniciado. O problema teria a ver com uma sucessão de erros – entre eles, uma aprovação inadequada do primeiro projeto entregue ao governo federal, quando o tamanho da fundação estava menor do que a estrutura do prédio.
::: Depois desse impasse, um novo projeto foi entregue e as obras recomeçaram em abril.
::: Em 2 de outubro, a cinco dias das eleições municipais, as obras teriam paralisado novamente. Desta vez, devido à demora no repasse de uma parcela dos recursos federais.
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::: Com a nova gestão, as obras reiniciaram no final de janeiro e foi reconsiderada a construção da UPA 24 no local, por ser de difícil acesso, tanto para entrada quanto para transferência de pacientes.
::: A obra tem um prazo de conclusão estabelecido para segundo semestre de 2014 e tem o custo de R$ 6 a R$ 7 milhões.
::: A UPA será construída em terreno cedido pela União na Avenida das Torres, com capacidade para atender até 300 mil pessoas. O processo ainda está em fase de estudos e análise para licitação.
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