A instalação dos radares na BR-280, perto de São Francisco do Sul, virou ação judicial. A Prefeitura entrou na Justiça pedindo outra solução para o trânsito daquela região. O motivo seria o aumento de veículos na rodovia por causa da temporada. Mesmo sem levantamento oficial, a Secretaria de Turismo prevê queda no número de visitantes, que chegam a 400 mil por temporada.
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O secretário Augusto Kolling explica que a principal implicação será na desistência dos turistas de visitarem pela segunda vez a cidade, depois de enfrentar horas de lentidão e congestionamento. Segundo o advogado da Prefeitura, Henri Dal Cortivo, a preocupação é com os comentários de que se chega a ficar mais de cinco horas na fila para sair ou entrar na cidade.
Na Associação Empresarial de São Francisco do Sul, o tema também entrou em discussão na semana passada. Segundo o presidente da entidade, Carlos Athanazio Veiga, os empresários temem prejuízos se o número de turista cair.
A Prefeitura entrou na Justiça contra o Dnit e a União em outubro e pede a construção de passarelas para pedestres ou o aumento do limite de velocidade. Pedido foi feito há 12 anos ?
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O Dnit, segundo Henri, apresentou na defesa que os redutores foram pedidos em 2000 pela Prefeitura.
– Hoje, a situação é diferente – destaca.
A ação está na Justiça Federal à espera de análise.
– O tempo de espera para chegar ou sair de São Francisco é o mesmo para ir às praias de Balneário Camboriú ou Florianópolis – justificou, ao dizer que o refreamento do trânsito vai causar perdas ao município.
Segundo a superintendência do Dnit, além do pedido da Prefeitura, houveu um estudo da área de maior risco, onde há passagem de pedestre e maior número de acidentes. A implantação destes equipamentos – normalmente perto de áreas industriais, urbanas ou escolas – ocorre por uma questão de segurança ao usuário, e não para um interesse individual. Não podem ser desligados a pedido de um grupo ou de um setor.