A largada oficial do transporte marítimo em Palhoça pode não ser tão rápida quanto sugerida pela administração municipal.

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Um dos primeiros entraves que a prefeitura deve enfrentar é a cessão da área que pertence à Superintendência do Patrimônio da União (SPU). O prefeito Ronério Heidersheidt já garantiu que a autorização é praticamente certa.

Veja o mapa com o itinerário clicando na foto ao lado.

A assessoria do órgão em Florianópolis preferiu não informar se as áreas solicitadas serão de fato cedidas. A partir daí, porém, ainda há um longo caminho a ser percorrido.

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– O transporte por mar é a única alternativa real, barata e imediata que temos contra os problemas de congestionamento e a dificuldade de mobilidade urbana – defende Ronério.

Demonstração do percurso

Sábado, foi realizado o primeiro passeio náutico para simular a rota de navegação a ser implantada. O trajeto passou por oito pontos, onde devem ser instalados os terminais de embarque e desembarque.

Alerta à burocracia

O prefeito Ronério afirma que colocará tudo em funcionamento ainda neste ano. Mas há obstáculos.

O comandante Joares Pereira de Mello, chefe do Departamento de Segurança do Transporte Aquaviário da Capitania dos Portos de Santa Catarina, alerta para o cumprimento de prazos e a demora nos processos de aprovação de projeto e de obra, por exemplo. Todo este procedimento pode chegar a seis meses e nenhum transporte de passageiros pode ser feito antes disso.

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Escolha será sem licitação

Ainda faltam acertar muitos detalhes para, de fato, colocar em prática o sonho do transporte marítimo em Palhoça.

Pelo menos 10 empresas já teriam manifestado interesse em realizar o projeto.

A única definição existente até agora é que o transporte marítimo vai funcionar exatamente como o coletivo urbano: haverá linhas diretas entre o primeiro e o último terminal e também semi-diretas, parando em todos os oito terminais previstos de embarque e desembarque.

Definição em duas semanas

Questões como valor da passagem, modelo do barco, segurança e acessibilidade são de responsabilidade das empresas interessadas em operar o sistema na cidade.

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Em até 15 dias, a prefeitura deve escolher a melhor das propostas de operacionalização apresentadas por elas.

Segundo o prefeito, não haverá licitação, porque a ideia é justamente optar pela proposta mais interessante e confortável aos passageiros e não ao valor mais barato.

Terminal em Florianópolis

A prefeitura de Palhoça já prevê também um nono terminal, mas fora dos limites do município: ele iria estender o trajeto até Florianópolis, com desembarque próximo ao Ticen. Porém, para implantar um ponto de embarque e desembarque em Florianópolis, a prefeitura da Capital teria de repetir todo o processo que Palhoça já iniciou: aprovar lei, solicitar área para a União e entrar com processo, junto à Marinha, para obras.

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