A prefeitura de Lages, na Serra Catarinense, está em busca de alguma empresa para administrar a 26ª Festa Nacional do Pinhão, que ocorre de 13 a 22 de junho, no Parque de Exposições Conta Dinheiro.
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A proposta é atribuir à iniciativa privada a organização, realização e exploração de um dos maiores e mais tradicionais eventos do Sul do Brasil, evitando, assim, os costumeiros e sempre polêmicos prejuízos ao município que, no ano passado, ficaram na casa dos R$ 800 mil.
O edital de concorrência pública lançado pela prefeitura no início do ano estabelece que a empresa interessada deve pagar a quantia de R$ 434.302,20, o equivalente a 10% do valor real investido pelo município na última edição da festa.
O edital prevê ainda que todos os custos, especialmente com a estrutura do parque e a contratação de grandes shows nacionais, ficam a cargo da empresa vencedora. O contrato tem validade de cinco anos.
As propostas deveriam ter sido abertas na manhã da última segunda-feira, na prefeitura de Lages, mas nenhuma candidata apareceu. Assim, o prefeito Elizeu Mattos determinou a abertura de uma nova concorrência, desta vez na modalidade de pregão, a ser realizada na próxima semana.
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Mas caso nenhuma empresa apareça novamente, a prefeitura já tem, segundo o vice-prefeito e presidente da Comissão Central Organizadora (CCO) da festa, Toni Duarte, a devida autorização do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para fazer as contratações por conta própria.
– A festa custa de R$ 400 mil a R$ 500 mil por dia, e talvez esse alto valor e as exigências do edital tenham afastado as empresas. Se não aparecer nenhuma interessada, faremos nós mesmos, mas o risco de dar prejuízo novamente é grande.
O presidente da CCO diz que muitos dos patrocínios do ano passado devem ser renovados, atrações de peso já estão sendo contatadas e estruturas como o Recanto do Pinhão, o Recanto da Tradição e a Arena Cultural serão mantidas e melhoradas.