O prefeito de Joinville, Carlito Merss (PT), vai nesta terça a Brasília, onde participa de evento da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), para tentar esticar de R$ 65 milhões para R$ 115 milhões os recursos para drenagem do rio Mathias, afluente do rio Cachoeira cujo trecho canalizado passa debaixo do terminal urbano central, do Shopping Mueller e de outros empreendimentos.

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A obra, que tem o objetivo de amenizar enchentes no Centro, terá de ser reformulada depois de a Caixa Econômica Federal questionar aspectos do plano original.

Para tirar o plano B do papel, o município pretende engordar os recursos em R$ 50 milhões. Saem do planejamento dois piscinões previstos em 2010 para o terreno nos fundos da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) e do Hotel Tannenhof, na rua Henrique Meyer. E entra uma galeria-reservatório no lote da sede da Educação Municipal, na rua Itajaí, às margens do Cachoeira.

O sistema prevê uma galeria com nível mais baixo do que o rio Cachoeira, capaz de armazenar água depois das chuvas. À medida em que a maré e o rio baixam, a água acumulada é liberada por meio de bombas elétricas e comportas para o Cachoeira. Os equipamentos e incrementos em função do novo sistema é que encarecem a obra.

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A mudança na proposta foi apresentada pelo secretário Adelir Stolf, da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplan), na primeira reunião de 2012 do Conselho Municipal de Desenvolvimento (Desenville), realizada nesta segunda na Prefeitura.

A troca dos piscinões pela galeria-reservatório foi sugerida por uma empresa de Curitiba (PR), a Paralela Consultoria em Engenharia. Ela foi contratada depois de vencer licitação em dezembro do ano passado para elaborar o projeto executivo (detalhado) da obra.

Caixa questionou piscinões

De acordo com a engenheira Carla Pereira, da Seplan, que acompanha a parte técnica do plano, a necessidade da mudança ocorreu após a Caixa discordar dos piscinões.

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– O projeto antigo iria exigir desapropriações caras e não seria tão eficiente -, afirma.

Um motivo a mais para a Prefeitura apostar na obra, segundo Stolf, é que o recurso vem do Orçamento-geral da União (R$ 65 milhões estão garantidos). Diferentemente de um financiamento, o dinheiro não precisa ser pago de volta pela Prefeitura.

– Se em último caso não conseguirmos esticar a verba, teremos o projeto executivo e vamos atrás de financiamentos -, afirma Adelir.

Se sair do papel, a obra será a maior e mais cara intervenção em drenagem de Joinville, segundo a Prefeitura.

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