Há em Joinville, segundo levantamento feito pelo Ippuj nos últimos dois anos, 75 pontos de estrangulamento no trânsito. Em 2011, o órgão constatou que os problemas de trânsito da cidade não estavam restritos apenas às áreas centrais, mas distribuídos sobre as principais vias em todas as regiões.
Continua depois da publicidade
O aumento significativo no número de veículos, a falta de infraestrutura viária, a carência de recursos para investir em sinalização inteligente como a ampliação da rede de semáforos ligados em ondas verdes, e a falta de um sistema de informação em tempo real seriam os principais complicadores. Para resolver parte dos problemas, a esperança da Prefeitura está nos R$ 100 milhões que devem ser financiados pelo PAC a partir do ano que vem.
Aposta nos corredores de ônibus
Embalada pelos pedidos de melhorias na mobilidade urbana, principalmente na qualidade dos serviços do transporte coletivo, a Prefeitura de Joinville trabalha com um pacotão de R$ 100 milhões em investimentos para fazer o trânsito fluir melhor.
Continua depois da publicidade
Além de uma série de obras de pavimentação e recapeamento de ruas, o pacote de obras inclui a construção de três pontes, a criação de três novos binários e o surgimento de inúmeros corredores de ônibus, com foco especial na zona Sul.
O pedido de financiamento da quantia está em análise no governo federal, mas a expectativa é de que no segundo semestre de 2014 seja possível começar algumas das obras planejadas, com previsão de conclusão para até 2017.
Ao todo, 42 ruas sofreriam intervenções – sejam recapeamentos, asfaltamentos ou alargamentos ou ganhariam corredores de ônibus – enquanto seriam construídos três novas pontes e três novos binários.
Continua depois da publicidade
Elas foram selecionadas por serem vias alimentadoras – ruas principais que levam em direção aos bairros – e troncais – que vão de um terminal de ônibus a outro.
Tudo aliado a construção de um novo terminal no eixo das universidades e nas melhorias em outros sete, com a construção de novas plataformas ou de bicicletários cobertos, com vigilância eletrônica.
E é a integração entre o transporte coletivo e bicicletas o principal ponto do projeto desenhado pelo órgão.
Continua depois da publicidade
Incentivo para os ciclistas
A ideia do Ippuj é de que, na nova arquitetura do trânsito de Joinville, haja incentivos para que as pessoas pedalem até os terminais.
Lá, elas deixariam suas bicicletas para pegar ônibus para seus locais de trabalho. O órgão acredita estar estimulando o uso das bicicletas como meio de transporte e alega que os passageiros chegariam ao seu destino em metade do tempo que costumam gastar hoje.
– Com mais ônibus circulando em menor tempo, a população se sentirá atraída a utilizar o transporte coletivo. Isso gera uma cadeia de reações que acarretará menor custo da passagem – acredita Gilson Perozin, gerente de integração do Ippuj e responsável pelo projeto.
Continua depois da publicidade
Retorno será de R$ 40 milhões
Quase R$ 40 milhões por ano. Este é o retorno que a Prefeitura de Joinville imagina ter com os investimentos que fará no trânsito de Joinville. A quantia faz parte de um estudo realizado por uma empresa de consultoria contratada pela administração municipal e faz parte do projeto de financiamento enviado ao governo federal.
Na conta, entram a diminuição do tempo de viagem de ônibus, a maior circulação dos veículos pelos corredores de ônibus, o ganho de conforto com menos pessoas ocupando o mesmo espaço e a maior velocidade do transporte coletivo nas ruas. Estes seriam os benefícios diretos, sem contar os considerados indiretos pelo instituto, como menor número de acidentes e a consequência de menos pessoas precisando de atendimento médico no hospital e a possibilidade da redução da tarifa.
– Nenhuma das obras é inovadora. São intervenções necessárias que farão pontos de engarrafamentos fluírem de forma mais natural – justifica Gilberto Lessa, diretor-executivo do Ippuj.
Continua depois da publicidade