Depois de falar que não tinha pressa para definir se faria licitação do transporte coletivo, o prefeito Udo Döhler (PMDB) mudou de ideia. Agora, ele promete lançar até o final do ano o edital que escolherá a próxima administradora do transporte de ônibus de Joinville. O peemedebista informa que ainda não há uma data para lançar o edital e também não garante que a decisão irá evitar a prorrogação do contrato com as atuais concessionárias, que vence no dia 7 de janeiro de 2014, por mais alguns meses.
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– Faremos o edital ainda em 2013. Estamos estudando detalhadamente as opções de prorrogação do contrato ou de lançamento do edital, é um trabalho cuidadoso. Mesmo que precisemos prorrogar por um curto espaço de tempo, lançaremos o edital -, assegura o prefeito.
Motivado pelas manifestações que surgem ao redor de todo o País, o prefeito diz que, se procurado, irá receber os manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) de Joinville para ouvir suas propostas.
– Todas as sugestões serão analisadas e veremos a viabilidade. Não estamos fechados ao diálogo com ninguém”, enfatiza.
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Corrida contra o tempo
No entanto, se quiser evitar a prorrogação de contrato com as atuais concessionárias, a equipe de governo precisa correr contra o tempo. No melhor dos cenários, o processo licitatório para escolher as empresas concessionárias do transporte coletivo levaria, pelo menos, quatro meses.
A administração municipal já possui um edital pronto para ser lançado. O documento foi deixado pelo ex-prefeito Carlito Merss (PT), que chegou até a realizar audiências públicas com a população.
Mas o texto foi considerado insuficiente por Udo, que passou o edital para análise da Secretaria de Infraestrutra e do Ippuj para mudanças em aspectos como a obrigatoriedade de que as empresas vencedoras façam a manutenção, conservação e implantação de novos pontos de ônibus pela cidade.
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O edital precisará ainda levar em conta o reconhecimento de dívida que o ex-prefeito assumiu com as empresas Gidion e Transtusa, no valor de R$ 125 milhões. O valor foi confirmado no fim do mandato de Carlito e seria referente às diferenças tarifárias geradas com o desequilíbrio econômico-financeiro do sistema de concessão.