A Prefeitura de Joinville está cortando celulares, cancelando diárias, hospedagens e cursos e vem remanejando o uso de carros, de olho na economia de cerca de R$ 2 milhões nestes últimos dois meses do ano.

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O aperto de cinto, que já havia sido adotado em outros anos, é uma maneira de tentar fechar as contas e evitar que funcionários saiam gastando indiscriminadamente frente às incertezas que surgem em qualquer mudança de governo. A decisão foi comunicada por um documento interno a todas as áreas da administração, segundo a Prefeitura.

Segundo o secretário de Administração, Márcio de Cysne, o maior corte foi nos celulares: 260 aparelhos e chips foram recolhidos de funcionários de segundo escalão. Inevitavelmente, houve reclamações em alguns setores. Apenas os telefones de secretários foram mantidos, mas com limite de gastos de R$ 50 por mês. Quem ultrapassar, terá de pagar as ligações do próprio bolso.

O primeiro escalão também está tendo de desembolsar para se locomover. A regra é secretários e outros comissionados – exceto em situações emergenciais – usarem os próprios carros se precisarem circular a trabalho.

Seis veículos alugados já foram devolvidos e 15 tiveram o valor remanejado. O resultado apurado até terça-feira era de uma economia de R$ 26 mil em relação aos carros. A meta até o fim de dezembro é reduzir em 80% o uso dos carros alugados.

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Mesmo que R$ 2 milhões não façam muita diferença nos gastos da Prefeitura, que passam de R$ 1 bilhão, Cysne diz que as medidas são mais para evitar desperdício e impedir que sejam criadas contas que terão de ser pagas no início do próximo ano, quando o prefeito eleito Udo Döhler (PMDB) assume o governo.

Os cortes também são um jeito de mostrar ao Tribunal de Contas que a Prefeitura está fazendo sua parte na busca pela eficiência. Serviços de infraestrutura também foram cortados e os de limpeza e manutenção terão de ser reduzidos pela metade. Apenas os essenciais ou emergenciais estão autorizados.