No segundo dia de greve dos servidores municipais, após enfrentar prejuízos no atendimento à saúde, embora não assuma, a Prefeitura de Joinville apresentou uma contraproposta ao sindicato dos servidores no fim da tarde de terça-feira. A proposta será avaliada pelos servidores e votada em assembleia nesta quarta, às 9 horas, em frente à Prefeitura.

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Diante da imprensa, o prefeito Udo Döhler fez questão de deixar claro a “boa vontade do governo” em avançar nas negociações com o Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej).

A nova proposta corresponde ao reajuste salarial de 4% a serem pagos em maio, mais 1,56% a partir de novembro e 1,6% a partir de janeiro do ano que vem, somando 7,25%.

– Reconhecemos que está aquém do pedido formulado pela categoria, mas estamos dentro da nossa capacidade financeira e respeitando o limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal -, esclareceu em carta endereçada aos servidores e em entrevista.

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Porém, a justificativa parece não ter convencido os sindicalistas que receberam a proposta ainda terça-feira. O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, acredita que a Prefeitura pode oferecer mais, segundo uma pesquisa encomendada ao Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas (Dieese).

De acordo com o departamento, a Prefeitura teria capacidade de disponibilizar aumento salarial entre 11,6% e 17,48%, com base em dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

– Oferecer reposição em janeiro não recupera a inflação e ainda põe em risco a negociação do ano que vem -, rebateu Ulrich.

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Já a Prefeitura argumenta, ainda, que o impacto na folha salarial será de cerca de 11% considerando outras gratificações e o aumento natural da folha de 3,2% ao ano. Se alcançar o limite prudencial de 54%, o prefeito teme não conseguir fazer novas contratações de professores e médicos no próximo ano.