Aumentar a carga horária, garantir uma educação completa, sair do limite das disciplinas tradicionais para manter e expandir a educação em tempo integral na rede municipal de Jaraguá do Sul são alguns dos desafios que devem ser superados até o fim de 2016. A meta de chegar a 2020 com 50% das escolas atuando na modalidade, objetivo previsto no Plano Municipal de Educação (o documento está em avaliação da Câmara de Vereadores), deve ser antecipada pela cidade, que pretende atingir o índice no ano que vem. Neste prazo, 25% dos alunos devem ser incluídos no turno estendido.

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Atualmente, seis escolas da rede já trabalham neste modelo, com 832 alunos. Apenas uma delas, porém, atende a 100% dos alunos com a educação integral: a Luiz Gonzaga Ayroso, no bairro Jaraguá 84. As outras cinco escolas atendem parte dos alunos e há o plano de estender o horário para todos os alunos. Além das nove escolas, outras três estão em processo de adequação para poder implantar o sistema. Em todas elas, são principalmente as questões de infraestrutura o que mais pesa: é necessário reformar salas e criar espaços para atender às necessidades do ensino integral.

Segundo o secretário de Educação, Elson Quil Cardozo, as dificuldades orçamentárias de 2015 recaíram justamente sobre o poder de investimento da pasta. Ainda assim, quatro escolas (Braço do Ribeirão Cavalo, Azaleia, Loteamento Amizade e Santo Estêvão) estão passando por obras e outras duas reformas estão em processo de licitação (CMEI Wolfgang Weege e Ribeirão Cavalo), para começar ainda neste ano. Ele ressalta que o investimento em infraestrutura escolar passou dos R$ 13 milhões desde 2012.

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Sistema exige mais espaço

Só com adequações é possível implementar a educação integral, que exige mais espaço físico para os alunos. Elson ressalta que o modelo não prevê apenas educação no contraturno, com atividades extras, mas um currículo bem montado, que ofereça conhecimentos extras. No começo, cada escola tinha a liberdade de escolher seu currículo, com base em três eixos: ciências exatas, ciências humanas e formação cidadã. Agora, com o aumento no número de escolas integrais, uma comissão se dedica a formar um currículo único para a cidade. Com isso, evitam-se problemas na transferência de alunos. Pequenas variações ainda serão permitidas, porém a matriz será igual para todos.

Com custo médio de 20% a mais em relação às escolas que atuam em turnos, as escolas com turno integral também exigem contratação de mais pessoal, tanto professores quanto outros cargos, como merendeiras – nessas escolas, três refeições são servidas por dia. Para auxiliar no orçamento, programas federais são aproveitados: o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e o Mais Educação, voltado à educação integral. O valor recebido por escola varia de acordo com o número de alunos. Em Jaraguá, por exemplo, a Helmut Guilherme Duwe recebe cerca de R$ 40 mil anuais e a Luiz Gonzaga Ayroso, R$ 14 mil.

Nova etapa de climatização

Está em processo de licitação a segunda etapa da instalação dos aparelhos de ar condicionado nas escolas de Jaraguá do Sul. No ano passado, 325 equipamentos foram adquiridos por R$ 1,9 milhão.

A instalação começou no ano passado e ainda está em andamento, com previsão de término para setembro deste ano – 24 escolas já têm os aparelhos e duas devem receber nas próximas semanas.

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Agora, a licitação prevê contratação de uma empresa que fará primeiro a reforma dos projetos elétricos das15 unidades escolares restantes, para suportar a carga dos novos equipamentos. O investimento é de cerca de R$ 500 mil para a rede interna e R$ 170 mil para adequação das redes externas de distribuição de energia.