Quem passou nesta semana pela Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, no Centro de Jaraguá do Sul, viu outra paisagem. Oito árvores da espécie Ligustrum Japonicum, conhecida como Alfeneiro-do-japão ou ligustro, foram cortadas pela Secretaria de Obras no trecho entre uma lotérica e um edifício, no lado esquerdo da rua. Segundo o órgão, elas estariam com a estrutura comprometida e colocavam as pessoas em risco.

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Sete foram retiradas na terça-feira e uma na sexta-feira passada, depois de enroscar num caminhão e cair. O engenheiro florestal da secretaria, Robin Pasold, comenta que o corte já estava previsto por causa do Plano de Arborização Urbana, em fase de elaboração, mas a retirada foi adiantada. Após o acidente de sexta, constatou-se que esses exemplares estavam com os troncos ocos em virtude do ataque de cupins e outros insetos.

O engenheiro diz que moradores já haviam registrado reclamação na ouvidoria sobre os problemas causados pelas árvores e que a intenção da Prefeitura era substituí-las depois de comprar outras espécies. No começo do ano, um galho caiu na calçada, mas por sorte ninguém foi atingido.

– Mas depois de sexta-feira, vimos que não dava mais para esperar. Achamos mais seguro fazer o corte já e depois plantar outras – afirma Pasold.

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A espécie Alfeneiro-do-japão foi plantada na área central da cidade na década de 70, mas não é considerada ideal para arborização urbana porque as raízes danificam as calçadas.

O Plano de Arborização Urbana vai definir quais espécies serão plantadas no lugar. Antes disso, o Instituto Jourdan e a Secretaria de Urbanismo precisam concluir um estudo sobre a construção e a conservação dos passeios públicos.