Pouco mais de um mês após o queda da ponte Tancredo Neves, a prefeitura de Itajaí começou a licitar os serviços para recuperação das cabeceiras. Antes disso, uma empresa deverá ser contratada para remover parte da estrutura da ponte que caiu e ficou muito próxima das estacas atuais, impedindo a colocação de novas.

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O secretário de Obras, Tarcízio Zanelatto, afirma que o projeto para recuperar as cabeceiras já está pronto e a intenção é começar os trabalhos em breve. De acordo com ele, serão colocados 2,6 mil metros de novas estacas ao redor das cabeceiras – esse reforço vai aumentar a capacidade da ponte de 25 toneladas para 45 toneladas.

– Demos prioridade para as cabeceiras porque é a parte mais demorada. Ainda falta o projeto executivo das vigas e do vão central que iremos licitar. Além disso, a vistoria subaquática mostrou que será necessário retirar parte da estrutura que caiu para fazer o estaqueamento das cabeceiras, por isso já estamos trabalhando nos orçamentos para esse serviço – explica.

A licitação do estaqueamento deve ser lançada nesta quinta-feira. Zanelatto diz ainda que apesar de todo trâmite burocrático a intenção da prefeitura é concluir a nova ponte entre 10 e 12 meses, se não houver imprevistos. A obra deve custar R$ 2,5 milhões.

Local estava interditado desde outubro

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A ponte Tancredo Neves foi parcialmente interditada em outubro, quando a estrutura sentiu os efeitos do período prolongado de chuvas e houve rebaixamento do asfalto. Apenas pedestres, ciclistas e motociclistas estavam autorizados a fazer a travessia.

Em novembro, um laudo apontou que as fundações estavam intactas – porém, a estrutura teria perdido resistência no solo. Com isto, a ponte cedia um milímetro por dia, conforme informaram os técnicos na época.

O desabamento ocorreu por volta das 22h30min do dia 13 de dezembro – na mesma semana estava programada a reforma da ponte. Da parte central só é possível ver a estrutura de iluminação, que ficou fora da água. Ninguém ficou ferido.

Após o incidente, a prefeitura teve que se explicar na Câmara de Vereadores sobre a decisão de manter a ponte aberta para pedestres, ciclistas e motociclistas, além de dar informações sobre uma consulta informal que fez a uma empresa de engenharia de Blumenau.

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