A prefeitura de Florianópolis vai recadastrar os fornecedores da gestão passada a partir de segunda-feira. A medida foi necessária, segundo o secretário de Governo, Enio Giordani, porque uma série de credores não está na lista de pagamentos pendentes do ano passado.

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De acordo com o secretário, a soma dos restos a pagar de 2012 gira em torno de R$ 90 milhões, mas além deste valor, a prefeitura encontrou notas em diversas secretarias que não foram pagas e não constavam na lista. Outra situação encontrada foi a falta de medição em obras no período de outubro a dezembro do ano passado, que também acarretou despesas não previstas.

– Se fossem só os restos a pagar seria apenas criar dentro do orçamento existente as condições de amortização desse débito. Ocorre que encontramos situações estranhas e a gente precisa conhecer pra quem devemos e quanto devemos – diz Giordani.

Além disso, segundo a prefeitura, o orçamento do presente exercício não suporta o pagamento imediato das despesas realizadas em exercícios anteriores sem prejuízo da continuidade do serviço público e dos gastos de previsão constitucional.

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O prefeito Cesar Souza Junior (PSD) assinou nesta sexta-feira o decreto que cria o programa de recadastramento das dívidas. O estabelecimento das normas de funcionamento e a implementação serão feitos por meio de portarias editadas pelo comitê gestor municipal – grupo formado pelos secretários Giordani, que preside o comitê, Gustavo Miroski (Administração), José Luiz Coelho (Finanças) e Júlio César Marcelino Júnior (Procurador-Geral).

– Precisamos fazer com que as empresas nos auxiliem a comprovar a realização efetiva desses serviços para que a gente possa instaurar processos individuais a partir de recadastramento – afirma o secretário.

A situação financeira e o caixa da prefeitura de Florianópolis são preocupações de Cesar Junior desde antes da posse. A partir do credenciamento, uma comissão fará a consolidação do valor da dívida para definir um cronograma de pagamento, mas as prioridades financeiras antes de quitar os débitos ainda serão os serviços essenciais à população, o pagamento da folha dos servidores e os investimentos constitucionais em saúde e educação.

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