O plano para a construção de uma marina em Florianópolis, na avenida Beira-Mar Norte, avançou um novo passo. Nesta terça-feira a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) entregou à prefeitura um estudo técnico produzido pela empresa norte-americana CB&I, que inspecionou as condições da área marítima onde o poder público pretende construir a estrutura: entre o trapiche (Praça Portugal) e a estação da Casan (Praça Sesquicentenária).
Continua depois da publicidade
Prefeitura de Florianópolis recebe estudo sobre área de construção de marina
O documento foi entregue pelo presidente da entidade, Sander DeMira, à secretária de Turismo de Florianópolis, Zena Becker. O estudo traz informações ideográficas (sobre a profundidade do mar na região em que se prevê a construção da marina) e geofísicas (sobre a existência de rochas e descontinuidade de terreno no leito marinho). A pesquisa, que começou em 2014 e foi custeada pela Acif, deve subsidiar a prefeitura e empresas interessadas em posteriores projetos de engenharia.
Segundo o oceanógrafo Rodrigo Barletta, da CB&I, não estão descartadas a necessidade de aterramento e derrocamento da área, o que pode elevar os custos de investimento. Ele ressalta também que o estudo resultou num ¿projeto conceitual¿. Ou seja, resta ainda saber quais tipos de embarcação – de pequeno, médio ou grande porte – serão abrigados na marina para se planejar um projeto final.
Continua depois da publicidade
Durante o encontro, Zena Becker afirmou que a previsão para a largada do procedimento para manifestação de interesse (PMI) de parceria público-privada será no começo de dezembro. Após isso serão mais quatro meses para apresentação de projetos pelas empresas interessadas e mais trinta dias para análise das propostas por parte da prefeitura. O processo licitatório só ocorrerá depois destas etapas.
– A PMI já está redigida. Agora resta resolver alguns problemas quanto à segurança jurídica do projeto. Já fizemos visitas aos principais órgãos reguladores e fiscalizadores e também estamos trabalhando para obter o licenciamento ambiental junto à Fatma – disse a secretária.
DeMira comentou que Florianópolis tem um grande mercado turístico e comercial a ser explorado pela vocação náutica da cidade:
Continua depois da publicidade
– Estamos em uma ilha que não consegue desenvolver toda sua capacidade marítima porque não há estrutura para absorver a demanda, que na alta temporada supera duas mil embarcações. Por isso é urgente a continuidade de projetos como este.