A situação na região Sul da Lagoa, nos fundos da Avenida Osni Ortiga, é reconhecidamente grave, apontam autoridades e pesquisadores envolvidos na preservação da área. A localidade é assoreada e tem baixa circulação de água por causa do estreito vão da ponte que liga o centrinho à Avenida das Rendeiras. Sem coleta de esgoto no trecho, as ligações clandestinas resultam em acúmulo de material orgânico e algas que causam mau-cheiro.
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Outra solução apontada por especialistas é o alargamento da ponte. No final de 2012, o governo municipal apresentou um projeto de ponte estaiada, orçada em R$ 55 milhões, para ampliar a passagem de água do vão de 10 metros para 100 metros. Na última sexta-feira, a prefeitura encaminhou uma carta ao governo federal pedindo financiamento pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
– Temos de esperar para ver se o projeto será aprovado. Se não for, vamos readequá-lo – diz o secretário de Obras, João Amin.
A mestranda da Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC Júlia Costa estuda as condições ambientais para dissolver resíduos do esgoto. Ela observa que aumentar o canal facilitaria a dispersão dos dejetos e diminuiria o alimento das algas. Também ajudaria a desacelerar o assoreamento.
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– Quanto mais troca de água com o mar pelo canal, melhor fica a qualidade água – alerta Julia.