A construção do anel viário de Florianópolis, no trecho do Saco dos Limões às margens da Avenida Prefeito Waldemar Vieira, está parada por falta de autorização da Superintendência de Patrimônio da União (SPU). A obra começou em julho e foi suspensa semanas depois. De acordo com secretário, o Executivo deu ordem de serviço após acordo verbal.
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A área fica em espaço que pertence à União e por isso existe a necessidade de liberação da SPU. Até as 16h desta sexta-feira (13) o órgão federal não tinha respondido ao e-mail enviado pela reportagem questionando o trâmite legal de cessão do lugar.
O secretário municipal de Infraestrutura, Valter Gallina, disse que a obra começou em julho com base em um "acordo verbal", mas que a prefeitura decidiu esperar a autorização oficial. Segundo ele, os trabalhos devem ser retomadas ainda em setembro. Gallina também disse que, apesar da paralisação, o prazo para entrega da obra é março de 2021.
A obra
A prefeitura iniciou em julho as obras no segmento que vai cerca de 300 metros à frente do Armazém Vieira em direção ao Sul da Ilha, na Avenida Prefeito Waldemar Vieira, no Saco dos Limões, até o emboque sul do Túnel Antonieta de Barros. Essa parte integra a duplicação da Rua Deputado Antônio Edu Vieira, no Pantanal, que faz parte do trecho sul do corredor exclusivo do "Rapidão", o futuro sistema de ônibus BRT. Os serviços vão beneficiar 1,9 km de via.
Fim da retirada de areia
Também sem autorização da SPU, a prefeitura retirava areia de praia do aterro da baía sul para usar em quadras de esportes pela cidade. A atividade durou cerca de um ano e foi finalizada nesta sexta-feira (13). A área fica no lugar exato do canteiro de obras para o trecho do anel viário no Saco dos Limões.
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O Secretário Municipal de Cultura, Esporte e Juventude, Ed Pereira, revelou que não tinha entendimento sobre pedir permissão à SPU. Justificou a atividade porque o espaço era um terreno "cheio de entulho" e que a areia extraída ajudou a criar oito arenas, gerando uma economia de R$ 100 mil com os mais de 100 caminhões carregados que saíram do lugar. Segundo ele, cada carreta com 12m³ de areia de praia custa R$ 850.
Ed Pereira garantiu que as quadras de esporte no Sul da Ilha serão finalizadas com o material já retirado. No Continente, não há problema por ser obra privada.
Mas, sem a extração de areia no Saco dos Limões, o secretário não garante prazo para outras quadras, como a que havia sido anunciada no Rio Vermelho.
— Sugiro que os moradores procurem a ouvidoria da prefeitura — disse o secretário à CBN Diário.