Uma longa reunião na tarde desta quinta-feira na sede da prefeitura de Florianópolis, que se estendeu das 14h às 19h30, colocou na mesa governo e sindicato dos servidores públicos (Sintrasem). Os secretários da Casa Civil, Educação, Saúde e Assistência Social detalharam durante mais de cinco horas cada cláusula da pauta de reivindicações da categoria referente à campanha salarial de 2018. A data base da categoria é o mês de maio.
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A lei que criou o programa Creche e Saúde Já do Município, proposta que levou os funcionários à greve que nesta sexta-feira (27) chega ao 17º dia, também foi debatida. Mas para o governo, trata-se de assunto vencido.
Apesar de todo esse tempo em negociação, foi marcada outra reunião no mesmo horário para esta sexta, rodada que pode se arrastar novamente até a noite. E será quando as cláusulas financeiras e de previdência serão analisadas. Paralelo a esse encontro, acontece uma assembleia dos servidores na praça Tancredo Neves. Tanto a direção do sindicato quanto a prefeitura acham difícil que os grevistas aprovem o fim do movimento sem antes discutir esses dois pontos tão importantes.
Conforme o secretário da Casa Civil, Filipe Mello, foi uma tarde produtiva de trabalho e diálogo. O governo quer mostrar que está aberto.
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— A prefeitura disse que não entraria em debate sobre a data base em meio à greve, mas para dar uma demonstração clara que estamos de portas abertas, entramos na pauta, evidentemente pedindo ao sindicato bom senso, sob pena de que, se a greve se estender por mais tempo, vai prejudicar a pauta da data base.
Na quarta-feira, o projeto do Creche e Saúde Já foi sancionado pelo prefeito Gean Loureiro e publicado no Diário Oficial Eletrônico do Município. Do lado de fora da prefeitura, cerca de 6 mil manifestantes, segundo números do Sintrasem, protestaram contra a proposta.