A prefeitura de Florianópolis identificou três famílias que se negam a vacinar seus filhos e comunicou o fato ao Ministério Público Estadual. Segundo a gerente da vigilância epidemiológica da capital, Ana Cristina Vidor, são pais que preferem um estilo de vida “mais natural”. Em São Paulo, já houve um caso semelhante em que a justiça determinou a vacinação da criança.

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Secretaria considera número de vacinados decepcionante

O maior problema enfrentado no combate ao sarampo em Florianópolis está na baixa adesão à vacina. No último sábado houve uma mobilização com o dia D de vacinação, com postos de saúde abertos pela cidade. A secretaria da saúde tinha a intenção de vacinar 1700 crianças que estavam sem o esquema de vacinação em dia- na faixa entre 6 meses e cinco anos de idade. Apenas 174 crianças foram vacinadas.

— Ficou muito abaixo. Nós temos ainda, nessa faixa etária, mais de 1500 crianças que precisam se vacinar contra o sarampo. Nós vivemos um surto da doença. As pessoas não estão acreditando no que está acontecendo. Nós ressuscitamos o sarampo. Temos que parar com essa circulação viral agora, para evitar uma situação igual a de São Paulo, onde bebês estão morrendo- esclarece Ana Vidor.

Nós ressuscitamos o sarampoAna Cristina Vidor, gerente da vigilância epidemiológica de Florianópolis

Florianópolis tem 16 casos confirmados da doença e seis casos ainda estão em investigação.

— Provavelmente já estamos com mais de 20 casos de sarampo na capital e nós temos condição de acabar com esse surto agora, mas as pessoas precisam se vacinar — diz a médica.

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A gerente da vigilância epidemiológica explica que esses surtos são cíclicos. Segundo ela, quando há uma baixa vacinal, porque a doença não é mais registrada e está erradicada, ela pode voltar.

— Isso já ocorreu em outras partes do mundo, como na Alemanha. Quando há uma baixa na cobertura vacinal, o vírus volta — conclui.

Confira a entrevista da gerente da vigilância epidemiológica da capital Ana Cristina Vidor: