A prefeitura aumentou o subsídio fornecido às empresas que operam o transporte público em Florianópolis. O acréscimo de 50% – passou de R$ 0,28 para R$ 0,42 por passageiro equivalente – foi concedido através do decreto nº 13.032, publicado no dia 30 de abril. Não havia reajuste desde janeiro de 2012, quando era pago R$ 0,15.
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A justificativa, publicada junto ao decreto, inclui o aumento do custo com insumos básicos e mão de obra. Em destaque está o encarecimento do óleo diesel, que teve reajuste de 21,63% no período.
Segundo o diretor de Planejamento da Secretaria de Transportes de Florianópolis, Vinícius Cofferri, o aumento tem por objetivo compensar uma defasagem do sistema, que não era atualizado desde 2012. De acordo com o diretor, o impacto para o município será de R$ 600 mil a mais por mês _ atualmente, o valor pago é de R$ 1,2 milhões em média.
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O diretor de comunicação do Sintraturb, Deonísio Linder, diz que o reajuste foi dado sem consultar a sociedade. Já o presidente do Setuf, Waldir Gomes, diz que a prefeitura é quem faz o cálculo do pagamento de subsídios.
O reajuste é retroativo à 1º de janeiro de 2014 e deve durar até 1º de novembro, quando começa a vigorar o novo contrato de concessão do transporte público em Florianópolis. A prefeitura ainda não tem uma estimativa de quanto será gasto com subsídios a partir do novo sistema, pois os cadastros para a tarifa social e estudantes serão feitos a partir de 1º de junho. A principal mudança na análise dos custos do serviço virá pelo fluxo de caixa e não pelas planilhas apresentada pelas empresas, como é feito atualmente.
O que é passageiro equivalente?
É uma unidade usada pra medir a quantidade de passagens inteiras (R$ 2,70) pagas às empresas. É diferente do número de pessoas transportadas. Por exemplo: a cada dois estudantes (que pagam meia passagem) um “passageiro equivalente” entra na conta.
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Na prática, a cada R$ 2,70 arrecadados pelas empresas, a prefeitura paga mais R$ 0,42 para ajudar nos custos do transporte.