O prefeito de Chapecó, José Cláudio Caramori, confirmou nesta terça-feira algumas medidas de contenção de despesas na administração municipal de Chapecó. Entre eles está o corte de 242 dos 420 comissionados, o que representa cerca de R$ 1 milhão, 60% a folha de pagamento dos comissionados. Contando a suspensão de horas extra, diárias e sobreaviso a folha de pagamento será enxugada em R$ 1,59 milhão por mês. O número total de funcionários do município é de seis mil.
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Até o salário do prefeito e vice serão reduzido em 30%, dos secretários e diretores em 15%, e gerentes e consultores em 10%. O objetivo é reduzir em 20% os custos da administração. Os convênios também serão reduzidos em 20%. Haverá cancelamento de serviços de maquinários terceirizados não essenciais.
Serão extintas as superintendências dos bairros São Pedro e Passo dos Fortes. Os aluguéis de 13 locais serão encerrados.
Além disso haverá renegociação de contratos como os do recolhimento de lixo e lombadas eletrônicas. A redução foi sugerida por um Comitê Gestor da Administração Municipal, coordenado pelo vice-prefeiro Luciano Buligon.
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A expectativa é economizar R$ 4,4 milhões por mês, o que pode chegar a R$ 43 milhões até o final de 2016.
De acordo com o prefeito José Cláudio Caramori o objetivo é equilibrar as contas do município.
– Diante da crise tínhamos dois caminhos, ou aumentar tributos ou redimensionar a máquina pública – afirmou Caramori.
Caramori mostrou em gráficos que houve uma redução de receita tributária de R$ 2,9 milhões em junho, em relação a maio. Isso representa 12% dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento de Educação Básica (Fundeb).
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A previsão é que em julho a queda atinja R$ 3,5 milhões.
O vice-prefeito Luciano Buligon negou que a prefeitura esteja endividada.
– Nossa dívida é de R$ 22 milhões e temos receita bruta de R$ 40 milhões por mês – disse.
No entanto ele afirmou que as medidas são necessárias em virtude da crise econômica do país.
– Outros município vão tomas as mesmas medidas- projetou.
Além dos cortes o município recentemente cancelou a realização da Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó, que seria realizada em outubro.
Caramori, que é presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), disse que até o momento apenas Laguna tomou medidas parecidas.
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A administração municipal também vai solicitar o retorno de parte dos 143 funcionários municipais cedidos para outros órgãos.
E vai buscar renegociar contratos com a Casan, tentando captar R$ 15 milhões, e Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 5 milhões. Serão buscados mais R$ 7 milhões em recuperação fiscal e R$ 9 milhões de Impostos Sobre Serviços.
A administração também garantiu investimentos na ordem de R$ 70 milhões, com recursos próprios, dos governos federal e estadual, além de medidas parlamentares, para pavimentação, construção do elevado da avenida Attilio Fontana e investimentos em saúde, creches e outras obras.
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