O futuro do restaurante Frohsinn será definido até março. Enquanto a construção no topo do morro do Aipim aguarda fechada sob tapumes e pichações, prefeitura e sociedade debatem qual o melhor destino para o ponto de referência no sul da cidade.
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Desde o início do ano são consideradas a venda e o lançamento de um novo contrato de concessão. Dia 14, depois de uma resolução do Conselho Municipal de Política Cultural de Blumenau, a transformação do Frohsinn em local para manifestações culturais e turísticas com administração pública se juntou às opções cotadas pelo município.
Além dessas três ações, um grupo cogita pedir o tombamento do morro do Aipim transformando o espaço em patrimônio paisagístico. Antes de decidir o destino do Frohsinn, a prefeitura pretende regularizar a área. A construção não possui registro no cadastro imobiliário e terrenos serão desmembrados para ser individualizada a área do complexo do morro do Aipim, segundo o secretário de Planejamento de Blumenau, Alexandre Gevaerd. Ricardo Stodieck, titular da Secretaria de Turismo, garante que, após a conclusão dessas etapas, a discussão sobre o futuro do Frohsinn será estendida à sociedade através dos conselhos municipais:
– Durante quatro décadas foi importante o uso do Frohsinn como ponto turístico. Se vem a proposta do uso cultural, vamos discutir também. O governo não tem opinião formada, mas vai resolver isso ainda no primeiro trimestre.
A presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, Jacqueline Bürger, deixa clara a posição da entidade deliberativa:
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– Se formos analisar bem, todo aquele morro foi doado para Blumenau. O prédio é parte do patrimônio público. Perdemos tanta coisa ao longo dos anos, não está na hora de perder mais.
O integrante do grupo Vamo Siuní, Luís Guilherme Holl, se manifestou no Facebook e disse que o Frohsinn é público, por isso deve ser mantido como tal. “Não queremos ser privados daquele lugar. Queremos que qualquer pessoa possa subir no mirante e desfrutar da vista sem ter que pagar por isso”, disse ele.
O tombamento é a ideia do advogado e integrante do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, André Jenichen. Ele prepara ações para encaminhar o pedido de conservação para prefeitura, Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Judiciário.
– É um patrimônio público. Como se vai vender um ponto turístico da cidade? -questiona o advogado. Jenichen acredita que o tombamento é uma forma de garantir o acesso da população ao local.
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