A Prefeitura de Florianópolis conseguiu no dia 29 de janeiro a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a construção da Passarela Jardim e revitalização do aterro da Baía Sul. A passarela de 200 metros de extensão ligará o Terminal Cidade de Florianópois ao mar. Segundo o arquiteto e superintendente adjunto do Intituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), César Floriano, o anteprojeto já está finalizado e serão iniciados os detalhamentos, com projeto de instalação elétrica e hidráulica, por exemplo.

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– Serão mais quatro meses. Queremos iniciar a obra no final do ano – explica.

A prefeitura ainda não tem a licença do Patrimônio da União para construir. Com os projetos prontos e a licença será possível abrir licitação. A obra será dividida por etapas e deve levar três anos para ser concluída. A primera etapa, no valor de R$ 10 milhões prevê a construção da rampa no Parque Dias Velho e a construção de aguns boxes do centro comercial. O custo da obra completa é de R$ 60 milhões.

O arquiteto do Iphan em Santa Catarina, Luiz Edgard Vieira Pereira, responsável pelo parecer técnico, afirma que o estudo foi aprovado porque está em conformidade com os parâmetros de preservação do Centro Histórico. No Centro, são cinco os bens tombados em nível federal: a Antiga Alfândega, os Forte Santa Bárbara e Santana, a Ponte Hercílio Luz e a antiga casa de Victor Meirelles. O projeto se desenvolve no entorno imediato do Forte Santa Bárbara e também nas proximidades da Antiga Alfândega.

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– Do ponto de vista arquitetônico, a Passarela Jardim só tem a somar porque valoriza e integra o espaço público com o que já existe e deve ser preservado – diz

Iphan não aprovou ligação com teleférico

O projeto prevê uma das estações do teleférico que fará ligação entre o Centro e a Trindade, passando pela Serrinha. Segundo Luiz Edgard, a única ressalva no parecer emitido pelo Iphan para revitalização do aterro da Baía Sul foi em relação a essa estação.

– Como o projeto do teleférico está sendo executado por outra empresa, ainda precisamos de mais elementos, como percurso, estações e estruturas de apoio para saber como ele vai se conectar no todo e se não haverá interferências que comprometam a preservação da ambiência dos bens tombados pelo Iphan no centro de Florianópolis – afirma.

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Confira o vídeo com o projeto: