Após a Vigilância Sanitária Estadual não liberar o Hospital de Massaranduba, em janeiro deste ano, a data de abertura da unidade continua uma incógnita. A Prefeitura teve dois meses para se adequar as exigências, mas a vistoria ficou para depois do feriadão de Páscoa. Esta é a terceira tentativa de abertura da unidade e a administração calcula mais 60 dias para começar a pensar em atender à população.
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Sem nenhum gasto adicional, as exigências da vigilância foram cumpridas ainda em março, conforme informou o prefeito Mario Fernando Reinke (PSDB). A empresa responsável pela obra entregou e instalou as cubas que faltavam no prédio. Os próprios funcionários do setor de manutenção da Prefeitura retiraram a mobília que não constava no projeto e trocaram focos de luz que estavam em locais errados. O relatório com as alterações será entregue na semana que vem, quando a Vigilância Sanitária decidirá se será preciso realizar uma nova visita.
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– Estamos fazendo tudo com muita calma. Infelizmente, o hospital ficou um bom tempo parado e agora vai precisar de um novo prazo para fazermos tudo com os pés no chão. O hospital está igual ao projeto que entregamos, então, vamos esperar o resultado – destaca Reinke.
No começo de março, a Câmara de Vereadores aprovou a lei que determina que os prestadores de serviços terceirizados ou conveniados devam ser uma Organização Social (OS), entidade que presta serviço de caráter público. Assim, o Estado consegue repassar recursos por se tratar de um contrato de gestão. A lei que determina isto foi sancionada pelo Executivo no dia 10 do mesmo mês.
– Não tivemos nenhuma OS ainda interessada. O jurídico quer esperar a liberação do hospital para darmos início ao cadastro das organizações. Uma delas será responsável por gerir a unidade de saúde – conta.
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Pronto e parado desde 2008
A Prefeitura inaugurou pela primeira vez o Hospital de Massaranduba em 2008, mas ele nunca funcionou porque não estava adequado às exigências da Vigilância Sanitária do Estado. Por isso, a Prefeitura começou, em 2009, a reformar cerca de 70% do prédio. Na construção, foram investidos R$ 3 milhões. Na readequação, foram necessários mais R$ 3 milhões. Para compra dos novos equipamentos, o custo foi de R$ 800 mil, com recursos do governo estadual.
No dia 30 de novembro do ano passado, ocorreu a inauguração, mesmo sem estar liberado para funcionamento. No começo do ano, o hospital foi vistoriado, mas não foi liberado pela Vigilância Sanitária estadual por falta das cubas e de mobília que não constavam no projeto. Em fevereiro, a Prefeitura cancelou a licitação que definiu o Instituto Adonhiran, de Penha, para administrar o hospital. O motivo apresentado pelo Executivo para o cancelamento foi a necessidade de alterar o edital.