O prefeito Gean Loureiro informou, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, que vai contratar emergencialmente a empresa TOS Ambiental, do Oeste Catarinense, para realizar a coleta de lixo por 15 dias. Os serviços devem começar a ser prestados a partir da sexta-feira.
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Segundo Loureiro, a empresa concordou com um contrato com uma entrada de R$ 40 mil, mais R$ 34 mil por cada dia trabalhado. Se a empresa trabalhar os 15 dias, o custo total para o município será de R$ 550 mil. O prefeito disse ainda que a empresa concordou com um contrato sem custo de rescisão, ou seja, receberá apenas pelos dias trabalhados. Caso a greve termine antes de sexta-feira, o contrato não será efetivado e a prefeitura não precisará pagar nada.
Loureiro informou ainda que, após uma reunião com representantes do sindicato, foi firmado um acordo para pôr fim à greve, o que ele considera o cenário ideal. Uma redação conjunta estaria sendo desenvolvida para os artigos mais polêmicos do projeto que transforma a Comcap em autarquia.
— Se aprovado em assembleia (o acordo), a expectativa é que amanhã (quinta) se aprove o texto final — afirmou o prefeito Gean Loureiro.
O gerente comercial da TOS Ambiental, Jaime José D´Agostini, afirmou que a empresa estará pronta para fazer a coleta a partir de sexta-feira e que não cobrará nada da prefeitura caso a situação com a Comcap seja regularizada antes disso:
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— Em caso de emergência, a situação é sempre mais problemática. É preciso ter conhecimento dos itinerários. Mas estamos prontos para estabelecer a curto prazo a normalidade da coleta.
Em entrevista à CBN Diario, o prefeito explicou a contratação e ainda disse que a prefeitura irá cobrar na Justiça para que o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) pague o serviço que será feito pela TOS Ambiental enquanto durar a greve. Segundo ele, caso o contrato seja assinado, o valor que será pago para a empresa privada é menor em relação ao que o município gasta com a Comcap. Ouça:
Clima tenso na Câmara
Enquanto as negociações ocorriam, o clima continuava tenso na Câmara. Há pelos 70 servidores dentro da Casa, que estava com o plenário fechado. Dezenas de policiais fazem a segurança do lado de fora, enquanto montes de lixo se acumulam.
Presidente do Sintrasem, Alex Santos negou que haja um acordo com a prefeitura e acusou o prefeito Gean Loureiro de mentir para a população.
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— O prefeito foi à imprensa e mentiu, porque o sindicato não fez acordo nenhum. Não vamos sair de dentro da Câmara enquanto o projeto não for suspenso — afirmou.
Está prevista para a tarde desta quarta-feira uma sessão para discutir o tema na Câmara.