Prefeitura afirma que piso tátil da Avenida das Rendeiras, em Florianópolis, está correto

Após a polêmica envolvendo o piso tátil da Avenida das Rendeiras, o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) afirmou que a instalação está correta. Segundo o órgão, a estrutura segue uma nota técnica da ABNT e do Manual Calçada Certa, documento criado em conjunto com técnicos do instituto e associações de deficientes. 

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O caso do piso tátil na avenida, que fica na Lagoa da Conceição, repercutiu esta semana nas redes sociais ao aparecer do lado extremo da calçada, mais próximo à água e também junto a árvores. Pessoas apontaram um suposto erro no projeto e reclamaram da condição do local. 

Em nota, divulgada nesta quarta-feira (3), porém, o IPUF afirma que não há erros no tipo de calçada. O instituto explica que a pessoa com deficiência visual, neste caso, não anda sobre o piso guia, mas ao lado dele, usando a bengala longa ou do contraste visual – em caso de pessoas com baixa visão – para percebê-la. No caso da Avenida das Rendeiras, a calçada na borda é para proporcionar maior espaço aos pedestres e possibilitar a orientação da pessoa com deficiência visual por meio da bengala longa. 

Nos trechos onde há desnível, segundo o IPUF, está prevista a instalação de guarda-corpo para garantir a segurança. 

Já onde há a presença de árvores, o instituto diz que, se as árvores não tem galhos que se projetam pelo passeio, não é necessário um alerta específico no entorno. Mas, nos casos específicos onde os canteiros estão em uma área em que as pessoas caminham, deve ser incluído piso de alerta contornando o obstáculo. 

Por fim, o IPUF diz no documento que o piso alerta – aqueles que possuem bolinhas – não é previso pela norma para ser usado ao longo da borda lagoa, já que isso pode gerar “a falsa impressão de que ali é um meio-fio ou degrau padronizado, onde é possível pisar e descer”. 

“As normas evoluíram para tornar as calçadas mais inclusivas e seguras, com maior clareza e objetividade, facilitando a interpretação e a memória do usuário com deficiência visual, além de permitir uma melhor utilização por todos, especialmente pessoas em cadeiras de roda, com andadores, idosos e carrinhos de bebê”, finaliza o documento. 

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