A prefeitura de Florianópolis abriu três procedimentos administrativos disciplinares (PAD) para analisar denúncias envolvendo permissionários do serviço de táxi na cidade. Um dos procedimentos é sobre o caso dos motoristas que se recusaram a atender uma família no Hospital Florianópolis porque os pais chegaram no local de Über. O filho do casal, um menino de apenas 2 anos, estava machucado na cabeça. Outros dois episódios com táxis que ocorreram em setembro serão analisados via procedimento administrativo, um de uma briga entre taxistas e motoristas de turismo no aeroporto Hercílio Luz, e o outro de uma discussão entre uma motorista de Über e um taxista no Terminal Rita Maria. De acordo com a prefeitura, os procedimentos têm prazo de até três meses para conclusão e a punição pode chegar a cassação das permissões.
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No dia 19 de setembro, três taxistas se negaram a levar um garoto ferido do Hospital em Florianópolis, onde não havia médico de plantão, para um hospital particular no Centro. Eles não quiseram fazer a corrida porque os pais tinham chegado de Über ao local. Dois motoristas foram identificados nos dias seguintes e responderão a procedimento administrativo disciplinar, aberto na quinta-feira pela Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana. A abertura de investigação administrativa para esse caso também foi recomendada por ofício pelo procurador do Ministério Público de Contas (MPTC), Diogo Ringenberg, na quarta-feira.
No diário oficial publicado na noite de quinta-feira, outras duas portarias foram divulgadas com abertura de PADs para analisar denúncias que envolvem taxistas. A briga entre taxistas e motoristas de carros de turismo no aeroporto Hercílio Luz que ganhou as redes sociais também no dia 19 de setembro; e uma discussão entre uma motorista de Über e um taxista no terminal Rita Maria, que teria ocorrido no começo de setembro. O diretor de Mobilidade da prefeitura, Renato Oliveira, explica que a abertura dos procedimentos é uma prática comum quando há denúncia.
— A prefeitura vai dar a oportunidade para todas as partes se manifestarem e então decidir se haverá punição. Podemos até cassar a licença se ficar comprovado algum ato grave. Esperamos que todos os procedimentos sejam concluídos em até três meses — explica Renato Oliveira.
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O presidente do Sindicato dos Taxistas de Florianópolis (Sinditaxi), Iran Oliveira, criticou a falta de fiscalização e regulação do serviço de transporte na cidade. Ele comunica que os motoristas que são filiados receberão acompanhamento do sindicato durante o andamento dos procedimentos administrativos disciplinares.
Taxistas se negam a atender criança machucada porque seus pais chegaram de Uber ao hospital