Para o prefeito de São Francisco do Sul, Luiz Zera, o atraso nas obras de duplicação impacta diretamente no turismo e na economia do município. Na avaliação de Zera, por ser uma cidade portuária, São Francisco carece de uma melhor infraestrutura rodoviária, sob pena de ter prejuízos com a logística de escoamento de cargas.
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– Os congestionamentos são rotineiros (na BR-280) e podem comprometer prazos. Com a duplicação, a logística de escoamento de cargas melhoraria consideravelmente, tornando o município mais interessante inclusive a novos investidores. Essa obra é muito importante para a economia da cidade.
O prefeito de Jaraguá do Sul, Dieter Janssen, também entende que a demora na execução da obra de duplicação causa grande prejuízo para a região do Vale do Itapocu. Prejuízo este que vai desde o econômico, em que as dificuldades para o uso da estrada nas condições atuais afetam os setores produtivos, até a questão da perda de vidas, com inúmeros acidentes que já ocorreram e ainda podem ocorrer na rodovia.
– Comparo a BR-280 à BR-101, esta última já duplicada. A BR-101 comprovadamente teve um crescimento econômico e social significativo por ter se tornado uma rodovia mais segura e que comporta o fluxo intenso de trânsito. Já nas cidades cortadas pela BR-280, como Jaraguá do Sul e Guaramirim, perde-se na competitividade, e toda uma região é afetada por conta disto.
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Segundo ele, desde a reivindicação do projeto de duplicação da BR-280, o poder público e a iniciativa privada estão unidos para que a obra saia do papel. Conforme Janssen, a Prefeitura, a Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs) e a Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) já fizeram inúmeros encaminhamentos ao DNIT e ao governo federal para que a duplicação seja agilizada.
– Vamos continuar insistindo para que a duplicação ocorra de forma mais eficiente. Estamos em uma região que contribui, e muito, com a economia do Estado e do Brasil, seja por meio das indústrias, do comércio e da agricultura, e precisamos de boas estradas para o escoamento desta produção e crescimento dos municípios – reforça Janssen.
João Pedro Woitexem, prefeito de Araquari, destaca que o atraso na obra causa grandes impactos à cidade. Segundo ele, com o crescimento e desenvolvimento de Araquari nos últimos anos, o fluxo de caminhões que transportam mercadorias e matérias-primas para as empresas da região aumentou significativamente, e a duplicação se tornou ainda mais necessária para que o transporte ocorra sem impedimentos.
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– Temos grandes congestionamentos, principalmente em horários de pico, que causam transtornos às pessoas que usam a rodovia para trabalhar e para os próprios empresários. Já fizemos várias cobranças diretamente em Brasília para que a duplicação seja agilizada, mas sem sucesso. Por esta razão, estamos buscando alternativas, por meio de recursos próprios e em parceria com a iniciativa privada, para a construção de uma via alternativa que desafogue o trânsito da BR-280.