O presidente do São José-PA, José Paulo Conceição Fernandes, o auxiliar-técnico Claudiomiro e um segurança do clube acusaram, mediante registro de termo circunstanciado na Brigada Militar de Veranópolis, o prefeito da cidade, Waldemar De Carli, de racismo. Foi na noite de domingo, logo após o 5 a 2 do São José sobre o Veranópolis, pelo Gauchão, em Veranópolis. Conforme Fernandes, De Carli teria feito ofensas usando o termo “macaco”.
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– Foi um fato bastante pessoal. Nada que envolva as agremiações – garantiu Fernandes.
Ontem, o prefeito disse não lembrar o que foi dito.
– Se eles estão acusando, devem provar. Eu e minha mulher (Neodi) nos envolvemos em um tumulto, mas foi uma discussão normal de um jogo. Não pretendo fazer nada e, se eles fizeram, vamos nos defender. Há testemunhas dos dois lados. Não nego que participamos disso, mas acredito que estão supervalorizando o fato – afirmou De Carli.
Segundo Fernandes, o prefeito invadiu o camarote do clube da Capital e passou a ofender Claudiomiro e um segurança. Houve queixas sobre suposto favorecimento da arbitragem ao São José, devido à ligação histórica do presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto Neto, com o clube. A expulsão de Marcos Paraná, do Veranópolis, foi mencionada pelo prefeito. De Carli afirmou que a briga ocorreu no corredor dos camarotes, entre as cabines em que o casal estava e à destinada à diretoria visitante.
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Fernandes disse ter pedido a De Carli que deixasse o local, mas ele teria ficado contrariado. Durante a confusão, o São José marcou o seu quarto gol, o que teria acirrado os ânimos do prefeito e motivado os supostos xingamentos racistas. Não teria havido agressões físicas. Após o jogo, dirigentes do Veranópolis teriam procurado a delegação do São José para pedir desculpas pelo ocorrido. Médico do clube, De Carli já foi presidente do Veranópolis.