O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso pela Polícia Civil e Ministério Público na manhã desta terça-feira (22). O empresário Rafael Alves e o delegado Fernando Moraes também foram presos, segundo o site G1. A operação ainda mira o ex-senador Eduardo Lopes, que não foi localizado.
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A investigação é um desdobramento da Operação Hades, que apura suposto “QG da Propina” na prefeitura do Rio.
A prisão do prefeito Crivella ocorre 9 dias antes de o mandato dele terminar. O prefeito chegou a buscar a reeleição, mas perdeu para Eduardo Paes (DEM), que volta ao cargo de prefeito do Rio a partir de janeiro.
A investigação que resultou na prisão de Crivella nesta terça iniciou em 2018, a partir da delação do doleiro Sergio Mizrahy. Ele admitiu ser responsável pela lavagem de dinheiro para suposta organização criminosa que atuava dentro da prefeitura.
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Segundo o delator, o chefe dessa organização seria o empresário Rafael Alves, que não tinha nenhum cargo na prefeitura, mas dava até expediente. Em mensagens interceptadas pela investigação, ele afirmou possuir a “caneta”, sugerindo dar ordens na prefeitura do Rio para nomear quem quisesse a cargos e escolher empresas que iriam fazer contratos com o município.
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De acordo com os investigadores, foi a partir dessa influência que surgiu o esquema de propina e extorsão de empresários que queriam fazer contratos com a prefeitura do Rio de Janeiro.
Ainda segundo as investigações, as empresas que tinham interesse em fechar contratos ou que tinham dinheiro para receber do município entregavam cheques a Rafael Alves. A partir da propina, o empresário facilitaria a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas.
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