Prefeito reconhece dificuldade financeira para cumprir meta anual de pavimentação em Joinville

A meta de asfaltar ao menos 75 km por ano, em um total de 300 km até o fim do mandato, página 12 do plano de governo, não será cumprida neste ano pelo prefeito Udo Döhler. Com problemas de caixa e dificuldades para dar a contrapartida necessária para a realização de obras que recebem recursos vindos do governo federal ou estadual, o peemedebista admitiu que a administração municipal não terá condição de alcançar

a meta planejada.

– Não vamos conseguir chegar no número planejado nesse primeiro ano. A situação em que a Prefeitura está financeiramente faz com que a gente reveja algumas metas -, comentou.

Em reunião, na semana passada, ele comunicou aos vereadores que em 2013 não haverá pavimentação comunitária. Em governos anteriores, o modelo de asfaltamento

era utilizado quando mais de 90% dos moradores aderiam à pavimentação de uma rua. Assim, o governo bancava 60% do valor e o restante fi cava com os moradores.

Mesmo com a dificuldade, Udo acredita ser possível alcançar a meta de 300 quilômetros no mandato. Segundo ele, estão sendo buscadas formas de se conseguir que o governo federal ou financiamentos paguem a contrapartida.

– Estamos atrás de soluções que não onerem os cofres. É preciso criatividade. Depois

que estivermos com estabilidade financeira, faremos as obras -, disse.

Hoje, ruas como a Almirante Jaceguay e Max Colin não foram realizadas devido à dificuldade de o governo pagar sua parte. Enquanto isso, o secretário de Infraestrutura, Romualdo França, fala dos métodos que a administração municipal está buscando para conseguir recursos.

Um deles é um empréstimo com o Badesc, no valor de R$ 20 milhões. Atualmente, a Prefeitura prepara um projeto para apresentar ao banco de fomento. O dinheiro deverá ser usado no asfaltamento de vias e na recuperação de outras que estão com o asfalto deteriorado.

– Neste ano, teremos que encontrar formas de fazer obras sem gastar dinheiro da Prefeitura. É difícil, mas é o necessário até que a situação seja melhor -, fala.

Hoje, cada quilômetro asfaltado custa, em média, R$ 1 milhão para a Prefeitura.