Diante da possibilidade de exumação do corpo do ex-presidente João Goulart, em ação liderada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), a prefeitura de São Borja, no Rio Grande do Sul, pediu apoio do Exército para que o jazigo de Jango seja vigiado permanentemente no cemitério municipal, para prevenir eventuais tentativas de violação.

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O objetivo é colaborar para o bom andamento das investigações sobre as causas da morte do ex-presidente, que deve ter colaboração estrangeira. Para isso, o prefeito Farelo Almeida (PDT) contatou o 2º Regimento de Cavalaria Mecanizada para que garanta a segurança, até o fim das investigações, do túmulo da família Goulart.

Na terça-feira, Almeida assinou decreto instituindo uma comissão especial no município para acompanhar os trabalhos da CNV e dar o suporte necessário. Agente uruguaio reforçou tese de assassinato de teor político Deposto e exilado pelo golpe militar de 1964,

Jango era monitorado pelas ditaduras do Cone Sul, morrendo em 1976, na Argentina. A causa gera controvérsia. Quem confia na morte natural credita o óbito a um ataque cardíaco, já que o ex-presidente era hipertenso, mas não conseguia abandonar o uísque, o cigarro e a carne vermelha. Já a tese do assassinato político foi reforçada quando o ex-agente uruguaio Mario Barreiro, preso no Estado por outros crimes, revelou que teria atuado de operação para matar Jango.

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