Após vencer as eleições suplementares, o prefeito de Tangará, Euclides Cruz (PSD), nomeou a mulher para assumir a secretaria de Educação do município no Meio-Oeste catarinense. Segundo ele, o ato não seria irregular e tem o objetivo de preencher uma lacuna na administração.
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Leila Aparecida da Silva Cruz, de 44 anos, assumiu a pasta no último dia 25. O cargo, conforme o prefeito, teria sido repassado à companheira de forma interina, até que outro partido da coligação indique um substituto, conforme acertado na divisão de cargos feita antes da eleição.
Euclides argumenta que Leila foi uma alternativa competente para preencher a lacuna, já que é funcionária de carreira há 22 anos na rede municipal de ensino de Tangará. O prefeito explica também que não há irregularidades na nomeação, embora os dois sejam casados.
– A lei do nepotismo só considera irregular a nomeação de parentes para cargos de segundo escalão, como diretores. Posso tirar a minha esposa assim que o partido indicar outro nome. Ou deixá-la no cargo por competência – frisa.
Cruz explica que, no primeiro momento, Leila foi contrária à nomeação, mas está cuidando bem dos trabalhos voltados à Educação no município. Ele diz que o partido coligado que seria dono deste cargo, o PSDB, já fez indicação de um novo nome para a pasta, cujo perfil está sendo analisado e a mudança deve ocorrer em breve.
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O que diz a lei
De acordo com a legislação federal, os parentes de até terceiro grau do prefeito, do vice-prefeito e de secretários municipais ficam impedidos de exercerem funções gratificadas e cargos comissionados, exceto o cargo de secretário, que é considerado agente político.