A relação dos 18 primeiros nomes da equipe de governo de Udo Döhler (PMDB), anunciada quinta-feira, tem oito pessoas que já estiveram na Prefeitura de Joinville (quatro delas atuaram ou atuam também no governo estadual) e dez que vêm da iniciativa privada, a maioria empresários. Todos são especialistas com formação superior em suas áreas, o que confirma posição do prefeito eleito de montar um colegiado técnico.
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No aspecto político, há nomes do PMDB (maioria), do PSC (que apoiou Udo desde o primeiro turno) e do PSDB e do PP, que apoiaram o candidato adversário no segundo turno. A surpresa ficou por conta de o PDT, do vice-prefeito Rodrigo Coelho, não ter levado nenhum cargo. PPS e outros partidos da base de Udo também ficaram de fora dessa primeira leva de nomes.
A maioria dos nomes confirmados já vinha sendo especulada. Houve estranheza no fato de Ely Diniz ter recusado o comando da Fundação Cultural de Joinville, cargo que acabou ficando vago, pelo menos por enquanto. O fato novo foi o anúncio de Nelson Corona para a Fazenda.
O administrador de empresas comandou a pasta no governo de Marco Tebaldi (PSDB) e foi responsável pela transição com o governo Carlito Merss (PT), entre 2008 e 2009, quando houve divergências sobre a dívida municipal. Agora, vai ter de reassumir e administrar a conta deixada pelos petistas.
Os anunciados preenchem 16 (o que corresponde a 40%) das 40 vagas da administração. Dois nomes (o chefe de gabinete Bráulio Barbosa e o procurador-geral Luiz Cláudio Gubert) estão vinculados ao gabinete do prefeito, mas tem status de secretário. Nesta conta entra ainda a única empresa municipal, que é a Companhia Águas de de Joinville.
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Nove das 13 secretarias também foram preenchidas – apenas Gestão de Pessoas, Planejamento e Proteção Civil estão em aberto. As principais pastas, que prestam serviços essenciais à população, como Saúde, Educação, Infraestrutura e Assistência Social, ganharam titulares.
O maior número de vagas ainda a ser preenchido fica nas autarquias, fundações e nas secretarias regionais, que devem sofrer mudanças com a reforma administrativa que Udo pretende encaminhar à Câmara de Vereadores no início do governo.
Das autarquias e fundações, apenas cinco de 11 estruturas foram preenchidas: faltam Hospital São José, Ippuj, Fundação Cultural, Fundação Rural 25 de Julho, Vigilância Sanitária e o Instituto de Trânsito e Transportes (Ittran). O presidente da Agência de Água e Esgoto (Amae) não é nomeado pelo prefeito. Com a reforma, há possibilidade de áreas como Planejamento e Ippuj serem fundidas em um único órgão, o que talvez explique o fato de não ter havido indicação agora.
Em relação às 14 regionais, apenas a do Distrito de Pirabeiraba foi ocupada. As outras 13 devem ser fundidas em oito subprefeituras, como Udo declara desde a campanha. Como o titular de Pirabeiraba será novamente o vereador eleito Sidney Sabel (PP) – secretário no atual governo Carlito -, assumirá sua vaga na Câmara o suplente Rodrigo Thomazi.
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Na vaga do também vereador eleito Fábio Dalonso (PSDB), confirmado quinta-feira para a Habitação, entra o suplente e vereador na atual legislatura Joaquim Alves dos Santos. A estratégia deve refletir em apoio a Udo na Câmara.