A Justiça eleitoral cassou os mandatos do prefeito Adelmo Alberti (PSL) e de seu o vice Alfredo César Dreher (Podemos), eleitos em Bela Vista do Toldo, cidade do Planalto Norte catarinense.
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Alberti e Dreher são acusados de atos de abuso de poder político e econômico pela compra de votos, pagos através da distribuição de postes, tubos de concretos, janelas, portas e dinheiro, de acordo com as informações divulgadas pelo portal JMais.
A denúncia, registrada por integrantes do PDT, PT e MDB, e acatada pelo Ministério Público Eleitoral na quinta-feira (19), torna os parlamentares inelegíveis por oito anos.
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A prefeitura está, interinamente, sob o comando de Dreher, já que o prefeito Alberti está preso desde julho. A prisão, no entanto, nada tem a ver com a decisão de quinta-feira.
> Com prefeito preso, vice assume o cargo em Bela Vista do Toldo, no Planalto Norte de SC
Caso a sentença seja confirmada, uma nova eleição pode acontecer na cidade. Por enquanto, como a decisão é em primeira instância, ainda cabe recurso.
Prisão do prefeito
Alberti está preso em Caçador e foi detido na quarta fase da operação Et Pater Filium, operação que investiga suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública, como corrupção, fraudes em licitações e peculato.
O processo corre em segredo de justiça, mas trechos da denúncia do MP contra Alberti, divulgados pelo portal JMais, mostram que o prefeito teria supostamente utilizado empresas em nomes de laranjas em contratos públicos. Em uma negociação gravada, o MP aponta que Alberti teria recebido dinheiro de propina e guardado o envelope na cueca.
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Outras acusações
Paralelamente, Adelmo Alberti responde também por outro crime, em um processo que tramita na Justiça comum por não envolver o cargo dele como prefeito.
Enquanto a polícia cumpria mandados em sua casa, foi encontrada na garagem uma camionete com registro de roubo no interior do Paraná. A identificação foi feita pelo chassi, visto que as placas que estavam no veículo eram de outro automóvel, emplacado em Goiás.
Por isso, o prefeito acabou também indiciado pelo crime de receptação dolosa. Neste caso, foi estabelecida uma fiança de R$ 11 mil para que ele responda em liberdade, cumprindo uma série de requisitos.
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