Logo depois da cabeceira da ponte Santos Dumont desabar em Brusque, na margem esquerda do rio Itajaí-Mirim, o prefeito da cidade, Ari Vequi, falou sobre o ocorrido. Para ele, a cidade possui um “triste histórico” com construções desse tipo.
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Isto porque não é a primeira vez que a ligação entre os bairros Santa Terezinha e Steffen apresenta problemas na estrutura. Também não é a única ponte do município.
— É a segunda vez que os pilares dela cedem. Na primeira vez, uns dois anos depois da construção, foi no meio dela — conta o chefe do Executivo brusquense.
No primeiro mandato de Vequi, quando ainda era vice, a sustentação da ponte Arthur Schlösser também teve de ser reformada. Há 40 anos, a ponte Irineu Bornhausen, no Centro, desabou por completo. À época, tal como nesta quarta-feira (21), ninguém se feriu, mas o episódio entrou para a história.
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— Temos um histórico negativo de pontes aqui na cidade — constata o prefeito.
A ponte Santos Dumont foi construída na segunda metade da década de 1990 e já passou por pelo menos uma grande reforma, sendo um dos principais acessos entre Brusque e Gaspar.
A queda da cabeceira
Na noite desta quarta-feira, no momento em que três carros passavam pela ponte Santos Dumont, a cabeceira cedeu. Os automóveis desceram junto à pista e pararam contra o barranco. Os três motoristas e um passageiro não se feriram, segundo os bombeiros militares, e conseguiram caminhar até o outro lado da estrutura.
O motivo
Circula pelas redes sociais imagens de máquinas e tratores escavando muito próximo aos pilares que desabaram. Engenheiros e técnicos foram ao local no começo da manhã desta quarta-feira para responder se essa foi a causa do desmoronamento. No momento do fechamento deste texto, eles estavam reunidos na prefeitura.
— Acreditamos que é algo local, apenas na cabeceira, mas esperamos a análise — declarou o prefeito na noite desta quarta.
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Abastecimento de água e gás
Com o acidente, uma adutora de 250 mm do Samae, que abastece os bairros Steffen, Volta Grande e Bateas, rompeu. A rede de distribuição de Gás Natural Veicular (GNV) também foi interrompida.
O vazamento de água foi contido por volta das 21h e do gás às 22h. Segundo o diretor presidente do Samae, Luciano Camargo, as equipes farão uma obra provisória em cerca de uma semana para garantir o abastecimento aos moradores.
Além da queda, a chuva prejudicou o tratamento da água, que já está normalizado. Camargo diz que há possibilidade de lugares mais altos terem o serviço comprometido, mas ainda não há queixas. Uma manobra foi feita para garantir a chegada do líquido aos imóveis.
A companhia responsável pela distribuição do gás também procura uma alternativa provisória nesta manhã para restabelecer a entrega à região.
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Caminho alternativo
Enquanto a reforma não é feita, motoristas têm duas alternativas disponíveis para deslocamento: as pontes do Trabalhador e da Estrada da Fazenda.