O Jornal do Almoço, da NSC TV, fez nesta quarta-feira a segunda entrevista da série com cinco prefeitos do Vale do Itajaí. Quem respondeu os questionamentos de repórteres e também da comunidade foi o chefe do Executivo de Rio do Sul. José Thomé (sem partido) foi questionado sobre questões como educação, situações de enchentes, obras pavimentação e manutenção. Confira a seguir, trechos da entrevista comandada por Marina Dalcastagne:

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No ano passado Rio do Sul ganhou destaque no Santa por conta das vagas na educação infantil. O município estava oferecendo mais vagas que o número de crianças que precisavam. Como está a situação este ano?

Continuamos com vagas em oferta. Levando em consideração a demanda existente, o número de ofertas é maior. Dados da semana passada apontam que temos cerca de 203 vagas disponíveis para a comunidade para as crianças de zero a cinco anos. A gente sabe a importância da inserção dessas crianças. Temos projetos ainda para o decorrer desse ano e ano que vem também na ampliação de novas vagas. O terreno na área central da cidade, onde abrigava antigamente o Presídio Regional, vamos construir uma nova unidade de educação infantil, com 363 novas vagas. Lembrando que Rio do Sul tem creche 12 meses. Em janeiro, das 31 unidades existentes, 30 ficaram abertas. Deixamos as crianças no seu bairro de origem no período de recesso escolar para que os pais que não conseguem conciliar as férias com o recesso possam manter os filhos no regime de plantão.

Nos últimos anos Rio do Sul conseguiu avançar nas notas do nível de desenvolvimento da educação básica do Ideb, mas ainda fica abaixo da nota de Santa Catarina. O que a prefeitura tem feito para avançar na educação básica?

Nós avançamos, como foi colocado, de 2015 para 2017 a nota do Ideb aumentou de 5,7 para média de 6,0 nos anos finais, porém, nós implantamos desde o início do governo o Proage, que é o Programa de Aperfeiçoamento e Gestão Escolar. Temos 35 unidades educacionais e todos os diretores estão passando por treinamentos, programas de gestão de pessoas, de processo pedagógico e financeira. Tenho plena convicção que os índices do ano que vem serão mais satisfatórios. É no índice de desenvolvimento da educação básica que nós temos que estar focados, inclusive com provas preparatórias, já com base daquilo que preconiza o Ideb, tem sido feito na nossa rede.

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Elenir, moradora de Rio do Sul, quer saber até quando a cidade terá que passar por situações de enchentes?

Precisamos agora mais do que nunca do apoio do governo do Estado e da União, tendo em vista que são obras estruturantes. Cabe ao município fazer as repostas das ações que envolvem enchentes, catástrofes, desastres naturais. O estudo da Jaica feito lá em 2008, quando teve o grande desastre em Blumenau, toda a questão do Vale do Itajaí passou por um estudo, e apontou as obras necessárias para o Alto Vale do Itajaí. Dessas obras, foram executadas uma parte delas, repito com recursos do Estado. O loteamento das barragens de Taió, Ituporanga foi construído canal para cada uma dessas barragens. Hoje qual é a grande obra prevista? E a questão do desassoreamento do Rio Itajaí-Açu, precisam ser retirados do rio oito maciços de pedra. Isso dá mais de 1 milhão de metros cúbicos de cedimento rochoso, que precisam sair do leito do rio para dar vazão ao rio. Nas proximidades do Salto Pilão e Lontras, a execução de um grande canal, que fica fechado quando o rio estiver baixo e abre para dar mais celeridade no escoamento das águas. As pequenas barragens de Pouso Redondo e Salete também estão previstas em um conjunto de obras orçado em torno de R$ 300 milhões. Esse valor é o orçamento médio de Rio do Sul de um ano inteiro. Temos um governador e um presidente que são da área da segurança pública, de proteção e defesa ao cidadão, e precisamos mais do que nunca que se aproveite esse momento para fazer um apelo. É o que está faltando para que Rio do Sul volte a ter a tranquilidade, para o empresário investir mais, gerar empregos e mais desenvolvimento.

A respeito desse valor que o senhor citou, é uma quantia pequena comparada ao prejuízo que as cidades têm com as cheias, então aplicar em obras estruturantes, R$ 300 milhões é uma ninharia.

De 2011 para cá, foram cerca de R$ 620 milhões de prejuízo só em Rio do Sul.

Outra pergunta de um morador de Rio do Sul. O Jaison, do bairro Canta Galo, questiona quando serão feitas melhorias na galeria pluvial da Rua Expedicionário Menelau Claudino dos Santos?

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Nós inspecionamos a questão da drenagem no local já no início do governo. Tem um planejamento para a gente estar este ano fazendo a execução. Nós priorizamos a saúde com os mutirões, a educação com as novas vagas, ajeitamos a casa. E agora estamos indo para as obras de infraestrutura, de drenagem que já foram feitas. E essa rua é uma das próximas, tendo em vista que é uma via que tem um alto número de habitantes e tem questões complexas quando fortes chuvas acontecem. Ela está nosso cronograma.

Tem prazo?

Este ano, acredito. Porque é uma série de obras de galerias que que nós já executamos na cidade. Só no primeiro ano, em 2017, foram mais de 2 mil metros de tubulação. No ano de 2018, o número exato a gente ainda não contabilizou. A gente está falando só de galerias para corrigir problemas. As que precisam ser feitas novas pavimentações também exigem drenagem adequadas, são um caso clássico de uma obra mal feita no passado, que agora, com adensamento urbano, a macrodrenagem não suporta o volume de chuvas existente. Nas proximidades, temos problemas crônicos, onde você acaba tendo problema para chegar à BR-470, por exemplo. Com a drenagem está previsto para executarmos essa obra este ano.

A gente continua falando de infraestrutura de ruas. Altemir nos mandou uma foto do bairro Santana, e disse que as ruas estão em péssimo estado de conservação, com muito mato, buracos, e pergunta o que falta para atender às demandas da população?

Já pavimentamos cerca de 56 ruas, algumas em parceria com a comunidade, outras com recursos que nós buscamos com dois anos de governo. É bastante significativo. Nessa região, o loteamento está em fase de avaliação. Para pavimentar esse trecho, nós temos também a estrada São José, que liga a rua nas proximidades de Santana. Na estrada São José vai passar a rede de esgoto, que está sendo executada pela Casan. Precisamos que essa rede passe pela região para a gente poder pavimentar a estrada São José.

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