Principal investigado da Operação Prometeu, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, o prefeito de Presidente Nereu, no Alto Vale do Itajaí, Antonio Comandoli (PT), negou que tenha distribuído notas promissórias para conseguir votos na última eleição. Durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira à tarde, Comandoli falou pela primeira vez sobre o caso, que vem sendo investigado há um ano.
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Apesar de negar a compra de votos, o prefeito afirmou que tem dívidas pessoais e pode sim ter notas promissórias assinadas, mas com valores baixos. Disse ainda que nunca ouviu falar de compra de votos e afirmou que a assinatura em uma nota no valor de R$ 50 mil foi forjada.
– Não nego que tenho dívidas, mas essa acusação é um absurdo. Nunca roubei um real e nunca comprei voto nenhum nessa cidade – defendeu.
:: Polícia Federal investiga compra de votos em Presidente Nereu, no Alto Vale do Itajaí
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De acordo com a PF, as notas promissórias também teriam sido distribuídas pelos cabos eleitorais. A investigação aponta que cada pessoa teria recebido quatro notas promissórias, uma para cada ano de mandato, que variavam de acordo com o serviço oferecido, ficando entre R$ 500 e R$ 95 mil.
A polícia calcula que foram emitidas nas eleições de 2012 notas promissória que totalizam cerca de R$ 3 milhões. Mas a investigação diz que o prejuízo só será determinado após análise da documentação apreendida durante a operação policial.