O prefeito de Lages, Elizeu Mattos (PMDB), nega que a reforma administrativa proposta por ele e aprovada na última quarta-feira pela Câmara de Vereadores traga prejuízos financeiros ao município.
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O projeto rendeu grande polêmica e só passou no Legislativo na terceira tentativa. O principal questionamento era com relação ao suposto acréscimo da folha de pagamento.
Acompanhado de alguns secretários, o prefeito convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira para negar o encarecimento da folha, atualmente de R$ 13 milhões. Elizeu Mattos diz que muitas pessoas atribuíram à reforma administrativa o aumento de 20% deste valor, mas ele garante que será de apenas 2%, o equivalente a R$ 260 mil.
Ao se deparar com um déficit mensal de R$ 2 milhões por mês e uma dívida já vencida de R$ 30 milhões, Elizeu demitiu aproximadamente 800 funcionários contratados, de um universo de 2.079, que deveriam ter sido exonerados até 31 de dezembro pelo ex-prefeito Renato Nunes de Oliveira (PP).
Com a reforma administrativa, o novo chefe do Executivo lageano excluiu cinco das 19 secretarias e adaptou a estrutura de outras. Também criou 48 cargos comissionados em relação ao ano passado, ficando com um total de 434. E são estas 48 ocupações que deram o que falar.
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– Eu não criei cargos, apenas transformei alguns contratados, que ninguém sabia quem ocupava e quanto ganhavam, em comissionados, cujos nomes e salários serão de conhecimento de todos por meio do Portal da Transparência.
Com relação ao aumento de R$ 260 mil na folha por conta da reforma administrativa, o prefeito diz que esta diferença será facilmente coberta mediante a economia proporcionada pela redução drástica dos contratados.
Para isso, cita como exemplo a Associação das Comunidades Rurais Organizadas de Lages (Acro), que até o fim do ano passado tinha 98 funcionários pagos pela prefeitura, num total de R$ 270 mil. Com a reforma administrativa, este número já caiu para 60 e chegará a 40 nos próximos dias, estipulando um teto máximo de R$ 100 mil.
– Em qualquer órgão da prefeitura, os contratados que realmente são necessários e trabalham serão mantidos. E se for preciso, contrataremos outros. Mas não podemos admitir casos como o de um serviços gerais da Secretaria do Meio Ambiente que está preso desde outubro de 2011 e só agora, quase um ano e meio depois, vai ser demitido.
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